Comerciantes de Piúma se reúnem em busca de apoio a segurança

Mais de 200 comerciantes de Piúma, entre hoteleiros, quiosqueiros, donos de pousadas, supermercados, lojistas, proprietários de padarias, farmácias, ambulantes e outras categorias estiveram reunidos, na noite desta segunda-feira, 20, no Auditório do Hotel Monte Aghá com a Associação Comercial de Piúma- Ascopi, representantes do Executivo, da Câmara municipal para discutir a segurança pública, em especial do carnaval.

Mesmo a programação oficial da Prefeitura tendo sido cancelada na semana passada, a partir da recomendação do Ministério Público – MP, a Ascopi juntamente com os comerciantes buscam desesperadamente encontrar uma saída, para pelo menos os blocos como o do Mé e outros possam sair na avenida e animar os foliões além de terem segurança no comércio e na cidade.

Ficou decidido que terça-feira, 21, ainda pela manhã, o prefeito Ricardo Costa – PTB receba uma comissão formada por comerciantes e Ascopi para ver a possibilidade do município arcar com a contratação de seguranças particulares e esta seja paga com verba do turismo, uma vez que os cofres públicos terão uma economia gerada a partir da não contração de bandas e trio.

De acordo com o vice-presidente da Associação Comercial, Alessandro Domingos Tirado, a ideia é unir forças para enfrentar o problema da segurança na cidade. “Convocamos essa reunião para ouvirmos o comércio e encontrar uma solução para a falta da Polícia Militar, todos os dias tem tido assaltos à mão armada, carros e motos sendo roubadas. Nós precisamos solucionar esse problema, estamos ouvindo o comércio para buscar uma solução e o apoio do prefeito. Precisamos disso para ontem”, comentou Alessandro.

O secretário de Governo, Kauê de Oliveira, representando o prefeito parabenizou a iniciativa, e ressaltou que a maior qualidade de um político não é o discurso e sim saber ouvir. “Viemos aqui para ouvir sugestões, iniciamos um processo de gratificação de servidores da Prefeitura para ampliar o número de agentes de trânsito e segurança nas ruas, agora surgiu a ideia de um contrato de segurança emergencial, vamos estudar isso com a comissão que foi formada pela Ascopi, com o jurídico da Prefeitura e com o prefeito”, frisou Kauê.

Kauê assegurou que a Prefeitura pode fazer o pagamento dos seguranças, caso fique decidido, e que esse dinheiro que sairá do turismo, uma vez que há verba disponível. “Nesse caso, como a prioridade não são mais os eventos, agora é segurança pública, tanto o turismo, como outra secretária afim pode destinar o recurso para a contratação”, disse.

Em relação à programação ser cancelada e ser apresentada outra proposta como apoio aos blocos para que saiam pelo menos nas tardes, Kauê disse que tentaram, mas não foi aceita pelo MP, nem pela PM. “Nós fizemos uma proposta ao MP e a PM de mudar o modelo, esse ano não teríamos o trio elétrico e faríamos algo menor em frente, inclusive, ao Batalhão da PM, buscando uma forma de inibir qualquer tipo de baderna, com marchinhas, com Bloco do Mé, iniciamos uma contratação de uma escola de samba, mas o MP e a PM pediram para que não fizéssemos nada”, salientou.

Kauê disse que a Prefeitura buscou reforço e apoio a segurança no governo estadual, mas não foi atendida. “Nós fizemos a nossa parte do ponto de vista de buscar. Fizemos um ofício assinado por todos os vereadores, foi protocolado na Secretaria de Segurança, na Casa Civil, no Palácio da Fonte Grande, tivemos um e-mail de resposta que seria colocado no Planejamento, o fato é que esses homens não vieram e já estão retornando para fazer a segurança do carnaval do Rio de Janeiro”, ressaltou o secretário de Governo.