“Haja óleo de peroba para tanta cara de pau”, afirma Manfrini em relação aos vereadores

 

Manfrini “desce o porrete” na Tribuna, passa óleo de peroba e chama vereadores de quadrilha em Itapemirim

O vereador Manfrini Amaro, PROS, de Itapemirim, declarou guerra na Câmara Municipal. Inconformado com a omissão da casa frente às denúncias contra o Executivo, ele acabou perdendo a paciência. Na sessão ordinária do último dia 21, ele levou um vidro de óleo de peroba, despejou na Tribuna da Casa de Leis e afirmou que: “Haja óleo para tanta cara de pau, para tanta falta de vergonha, para tanta falta de escrúpulos com tanta gente conivente”.

O vereador Manfrini, desceu “o porrete” nos pares e no prefeito, adjetivando-os de quadrilha criminosa. Chateado com a denúncia na Casa de Leis contra ele, por quebra de decoro parlamentar, porque deu uma entrevista ao Espírito Santo Notícias, acusando a Câmara de omissa, quando afirmou na época: “Vereador em Itapemirim, ou é de enfeite ou capacho do prefeito”. Foi protocolada no último dia 20, abertura de uma Comissão Processante – CP, contra o vereador. Indignado, ele subiu na tribuna, abriu o verbo e disse que se preciso for, ele volta para a roça que é o lugar dele, mas não compactua com uma organização criminosa.

No início do discurso na Tribuna, o vereador citou o agravo regimental impetrado pelo Exmo. Senhor procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, contra o prefeito de Itapemirim, Dr. Luciano de Paiva Alves. Disse Manfrini, que o procurador geral da República ressalta no agravo, lamentáveis e vergonhosos crimes praticados contra o erário municipal e a sociedade. “Deixou consignado aquele magistrado para a vergonha das pessoas de bem, que também, se sentem apunhaladas por essa Casa subserviente, omissa e grande parceira em tantos desvios de conduta e envolvimento em delitos contra a administração pública, falsificação documental, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Faltou constar muitas outras ações delituosas, tais como desapropriação a preço de ouro para enriquecimento de terceiros conhecidos, tudo suficiente a corar de vergonha Alcapone em seu túmulo frio”, discursou.

A cada sessão na Casa de Leis Manfrini roubava a cena. Na última, ele acabou sendo comparado a Tadeu Schmidt, apresentador do Fantástico, quando brincou com a expressão: Disse o vereador que a equipe do Fantástico em breve estará em Itapemirim e vai perguntar: “Cadê o dinheiro que estava aqui”, se referindo aos supostos desmandos praticados pelo prefeito de Itapemirim.

 

Desvio de conduta

 

“O que mais me envergonha, é o fato de tudo que foi levado à justiça, ter sido antecipadamente trazido a esta casa omissa ante tantos desvios de conduta pela complacência, pela negligência, pela omissão agora levantada pelo Ministério Público – MP/ Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. E cito como exemplo, a CPI nº 840, deitada em berço esplêndido desde 2013, e sobre fatos agora deixando sub judice o prefeito Luciano de Paiva Alves, apontado como integrante de uma organização criminosa”, disparou.

Manfrini, interrogou aos vereadores: “Qual a razão do silêncio dessas casas ante conduta de suma gravidade, que afronta aos princípios da moralidade, da transparência, da legalidade e do respeito ao povo de Itapemirim enxovalhado”?

O vereador continuou afirmando que causa estranheza a parceria entre a Câmara e o prefeito: “Causa estranheza essa parceria criminosa, quando também tramita no judiciário processos na aera criminal e cível, envolvendo vereador membro, sem suposto Rachid, quando aqui nada acontece. Causa estranheza a conduta desta Casa ao apunhalar aqueles merecedores de respeito e que nos confiaram”, seguiu.

 

Entrou pelo cano

Se prosperar a Comissão Processante – CP aberta contra a vice-prefeita, Viviane Peçanha, na Câmara Municipal, o prefeito e os vereadores que o apoiam podem ter “entrado pelo cano” sem encontrarem uma saída. Eles abriram uma CP para investigar a contratação de um palco para a realização do Confabani. A denúncia protocolada pelo prefeito Luciano de Paiva, diz que foi pago R$ 7.600,00 pelo uso do palanque. Esqueceu-se, o denunciante que, no ano passado ele pagou à mesma empresa, Piaçu, quatro vezes mais pelo mesmo serviço.  “Causa estranheza, segundo o vereador Manfrini, diante de tantos males e ações criminosas, corre essa Casa apressadamente com processos contra a vice prefeita como se fosse responsável por todos os males praticados pelo titular Luciano, quando buscava ela limpar o município dos vícios arraigados que resultam em tanta desgraça sobre os menos favorecidos”.

Viviane Peçanha, deverá ser investigada por ter contratado o palanque para a realização do Confabani por R$ 7.600,00 com a empresa Piaçu. “Pasmem, quem representou foi Luciano de Paiva, envolvido em tantos crimes e que no ano passado contratou por R$ 33.250.00 a mesma empresa Piaçu para o mesmo serviço praticando um gasto quatro vezes maior. E o que fez essa Casa de Leis?”, interroga o vereador.

 

Sessão do último dia 25

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Ressaltou o vereador, que teve acesso à cópia de um contrato firmado em 2014 sob número 367, no valor de R$ 1.700 mil para serem gastos em publicidade da administração. “Observando que nas administrações anteriores, os gastos com publicidade giravam em torno de trezentos mil reais. Nesse desgoverno chegamos a um milhão e setecentos mil reais, e sem a atitude daqueles com o dever de apurar. Não é sem razão que dizem pelas ruas, que a Câmara Municipal custa cara demais ao contribuinte. E nossa omissão a isso confirma e nos envergonha”.

O valor de R$ 1.700 mil não deu, e terminou em apenas cinco meses. “No início do ano, já preparavam novo contrato aditivo para aumentar o rombo em mais quatrocentos e trinta mil reais, perfazendo os gastos mal explicados ou melhor, com roubalheira, em cerca de dois milhões e duzentos mil reais. Tudo acontece na cara daqueles aliados que do mal, buscam macular a vice prefeita, inclusive afastá-la para alcançar fins escusos, imorais e bem conhecido nas ruas e na mídia, para nossa vergonha, até por mandarem nossas atribuições constitucionais às favas pela falta de atitude, pela omissão, pela estranha complacência”.

 

 

Foto: Vereador Manfrini Amaro leva óleo de peroba para a sessão e diz que a Câmara é omissa frente as denúncias contra o prefeito.

 

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