Israel Muniz – Coordenação educacional de ponta em Piúma!
O coordenador escolar é o braço direito do diretor e para exercer a função é preciso está em sintonia com o aluno.
Natural de Piúma, onde há quase 30 anos vem se dedicando exclusivamente à educação, onde é efetivo nas redes municipal e estadual, Israel Muniz é apaixonado pelo ambiente escolar e se emociona só ao falar sobre educação. Já apaziguou vários conflitos nos ambiente estudantil, confidente de alunos, orientador, conselheiro; se tornou amigo e chorou com a realidade de estudantes que escolheram o caminho do crime após passar por ele nos corredores de uma escola.
A Reportagem foi até Israel, na Escola Municipal José de Vargas Scherrer para conhecer um pouco sobre a sua função – a de coordenador escolar. A homenagem a Israel e a todos os profissionais coordenadores se dá após o triste episódio em Goiânia, no Colégio Goyases onde a coordenadora Simone Maulaz Elteto foi a heroína que evitou uma tragédia sem precedentes.
Simone foi quem convenceu o adolescente de 14 anos a cessar com o ataque e evitou que ele tirasse a própria vida. Ela emocionou o Brasil ao contar que não teve medo de abordar o aluno no auge da fúria. Ao sair da sala junto com ele, Simone revelou que o menino chegou a colocar a arma no corpo dela. Os tiros que ele já havia disparado causaram a morte de dois colegas e deixaram outros quatro feridos, uma inclusive, tetraplégica.
Afinal de contas qual é o papel do coordenador escolar? De acordo com Israel, é o braço direito do diretor, coordena a limpeza da escola, tem uma relação estreita com os professores, cuida do livro de ponto, organiza o horário de cada professor, transita em todas as questões da escola, tem uma relação direta com o aluno, analisa as questões dos estudantes dentro da escola e da sociedade. “Na medida do possível resolve conflitos entre os alunos e o professor. Estreita relacionamentos com a família do aluno, o coordenador não para, anda a escola toda todo o horário que está a serviço”, disse.
Ele já viveu fortes emoções. “Os alunos ensinam muito e a gente aprende muito. O grito não resolve, o carinho e o diálogo fazem muito mais efeito. Há que se respeitar a realidade de cada aluno. A partir do momento que eu não crio um tabu em relação aos assuntos mais difíceis, como a droga, os alunos se abrem, o coordenador não pode ter preconceito, como homossexualidade, por exemplo, o fato de eu ser homossexuais também me ajuda a confortar os alunos que vivem conflitos sexuais”, comentou.
Israel tem pós-graduação em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, é o único na cidade com esse diploma específico para a função. Formado em História, tem ainda pós em História do Brasil, Psicopedagogia, Planejamento Educacional. O coordenador tem na alma a educação. “Estou na Educação porque acredito, já caminhei em vários âmbitos, fui diretor, hoje sou coordenador e acredito que a Educação é o caminho para um povo mais justo, mais soberano, mais aberto, não pode ser repressora, engessada, repressora, por isso que eu ainda estou na educação, porque eu acredito”.