MC 6, escolhida a Banda do Verão 2016

A Banda já está preparando o DVD para comemorar seus 25 anos e o lançamento deverá ser no ano que vem. Será uma coletânea com os maiores sucessos

 

 

“A música é uma paixão. É algo que está no meu sangue, não é só uma junção de notas musicais, é uma soma de notas musicais com amor, emoção e paixão, é uma coisa que eu gosto de fazer”. Assim o vocalista da Banda MC6, Pedro Paulo Rangel, define a música. E ele sabe que o sucesso não chegou da noite para o dia.

A MC6 completou 24 anos este ano e neste verão foi eleita como a vedete, ou seja, virou capa do Jornal A Tribuna, no carnaval por levar milhares de turistas na Avenida Beira Mar. Cartazes e declarações nos prédios emocionaram o vocalista, que bateu um papo bem descontraído com a Reportagem do Jornal. O primeiro CD foi gravado em 1994, todo com 10 músicas autorais e de lá pra cá, 10 CDs e três DVD’s já somam a trajetória da MC6. Pedro, falou dos momentos difíceis, como perder o irmão no mês de dezembro e um ano depois no mesmo mês de dezembro, se despedir da mãe, a grande incentivadora dos músicos. “Na verdade, eu perdi minha mãe no dia 16 de dezembro, eu tinha um réveillon fechado em Minas e desmarquei três shows. Era eu e meu irmão, nós não tínhamos condições. Não foi fácil. A primeira vez que eu pisei no trio, comecei a me lembrar de tudo na mesma hora. Era a minha mãe que fazia as minhas roupas. Ela era uma pessoa muito positiva e minha fã. Eu cheguei a pensar em parar, mas quando você acredita em Deus e tem fé, você continua. Cantar era uma coisa que ela admirava em mim”.

 

Primeiro CD

 

“O primeiro CD estourou Morena lê lê que nos levou a outros lugares, Timbaúma, uma música chamada Timbalada com Piúma, também foi o sucesso daquele disco. Depois, com o passar do tempo, tivemos uma mudança na Banda, que foi a troca, eu era baterista, os vocalistas eram o Berola e a Tina, nós iniciamos com os dois. A Tina resolveu ir embora para Portugal e o Berola tinha outros projetos. Eu tocava e cantava ao mesmo tempo, inspirado no vocalista do Roupa Nova. Depois o baixista, o Ozias, meu irmão e sócio na banda disse: você vai cantar. Eu fiquei assustado com aquilo, eu não estava acostumado com a frente, é uma responsabilidade muito grande. Fiquei dois anos cantando sozinho, depois passaram três vocalistas na Banda: Ana Márcia, Alessandra, e Daiana Moraes que está com a gente até hoje”.

Tirando a dor, que marca a vida de todos, em algum momento, e na vida dos meninos da MC 6 não foi diferente, a Banda perdeu as contas de quantos shows já realizou. Tocar e cantar, em cada apresentação é uma nova sensação, o friozinho na barriga sempre bate, mas a emoção mesmo, segundo Pedro, é tocar em Piúma, o berço da Banda. Ver a Avenida lotada de pessoas bonitas, jovens, crianças, idosos, deficientes, pessoas comuns e ambulantes, é uma emoção impossível descrever.  “Piúma é o lugar que renova minhas energias. Não tem como descrever a emoção que é olhar a Avenida e ver tomada de pessoas. Sinto-me no meu berço”.

 

Homenagem

“E este ano nós fomos homenageados com uma reportagem de capa na Tribuna como a Banda destaque no carnaval 2016. A Banda que arrastou multidão. Senti-me muito honrado, porque em Piúma existem muitas boas bandas e ser eleita a melhor banda, pra gente foi uma surpresa. Quando eu vi a foto da Banda na Capa da Tribuna, meu coração deu um pulo. É o reconhecimento do nosso trabalho. Para você colocar uma banda em cima do trio é muita responsabilidade. Tem de tomar muito cuidado com o que vai falar e o que vai tocar. Pra nós foi muito bacana este reconhecimento. Para a gente conseguir colocar a banda no trio é necessário 4 a 5 horas de ensaio, porque todos os integrantes têm outra atividade profissional”.

 

O trio em Piúma

 

Pode dizer o que quiserem, mas quando o trio elétrico atravessa a Avenida Beira Mar e arrasta uma multidão, a fotografia fica muito linda. É muito bacana. E no olhar de Pedro Paulo da MC 6, o trio não pode acabar em Piúma, é uma tradição que os turistas gostam e vêm para Piúma para sair atrás do trio. “O trio tem os seus prós e contras, mas eu não sou de acordo que tirem o trio elétrico por um motivo, primeiro temos que eliminar de vez os carros de som, são eles que trazem problemas. O trio elétrico passa, o carro de som fica na porta dos comércios abusando dos limites permitidos pela Lei. Este ano eu vi até churrasqueira em cima de uma caminhonete com um som absurdo. No trio você escuta boa música, no carro de som a gente só escuta funk, o que estimula a violência”.

Pedro, aposta na venda dos abadas e na logística de como o trio vai passar na Avenida. “Se você entrar no Facebook da banda, vai ver o que a imagem passa. Existem as pessoas que vêm para bagunçar, mas não é só no trio. Em alguns lugares fora de Piúma tiveram outros crimes. Não podemos jogar todo um peso em cima do trio elétrico, temos que parar, analisar e ver como fazer. A nossa cultura ficou marcada com o trio. A cidade tem que ter um atrativo. Eu acho que não deveria tirar o trio, tem que conversar melhor sobre isso”.

 

 

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