Norma Ayub faz apelo ao Governo para não importar conilon

Em seu primeiro pronunciamento na Câmara dos Deputados, a deputada federal Norma Ayub (DEM-ES) fez um apelo ao presidente Michel Temer e ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, para que não autorizem a importação de 1 milhão de sacas de café conilon, conforme a estratégia desenhada pelo próprio Governo com objetivo de regular o mercado.

A importação “vai desestimular enormemente as milhares de famílias que produzem café no Espírito Santo, que, ao longo dos anos, têm aperfeiçoado os seus métodos de produção, incorporado tecnologia e têm oferecido ao mercado um produto com qualidade cada vez melhor. Seria tremendamente injusto retribuir dessa forma ao esforço que eles têm feito para melhorar a qualidade da cafeicultura brasileira, gerando emprego e renda no campo”, disse a parlamentar capixaba na sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 14  de fevereiro.
Ela lembrou que, no dia 07 passado, participou de audiência com o ministro, na companhia de outros parlamentares e empresários do segmento da cafeicultura, quando o Governo justificou a importação, citando números levantados pela Conab. A estatal indicou que haveria um déficit de 1,274 milhão de sacas de conilon, considerando a demanda da indústria de café solúvel, torrado e moído no Brasil.
Esse número foi amplamente contestado pelos participantes da reunião com o ministro, que, ao contrário de déficit, apontaram a existência de 4,3 milhões de conilon no Estado do Espírito Santo e que o problema, na realidade, seria outro: há disponibilidade de café, mas falta tomador no mercado, pois a indústria hoje trabalha com um estoque físico de 1 milhão de sacas.
Norma Ayub lembrou que o Espírito Santo, hoje, tem monopolizado as manchetes dos meios de comunicação devido à situação policial/social e que o quadro seria agravado se a importação se confirmar. A deputada do DEM mostrou o peso do café na economia capixaba, atingindo cerca de 35% do PIB estadual, representando ainda a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas. Cerca de 500 mil pessoas vivem da produção desse tipo de café no Espírito Santo.
Como lembrou, existem riscos fitossanitários na importação de café, pois já foram identificadas pragas em café produzido no Vietnã, Etiópia e Peru, exatamente os países produtores de onde se pretende trazer o conilon. Também destacou em seu discurso que os custos trabalhistas no Brasil são mais exigentes, razão pela qual o produto desses países pode ser importado a custos menores. “É natural que o preço do conilon, no Brasil reflita essa complexidade de custos, mas isto não significa que se deva escancarar o País e trazer conilon de outros países, onde os custos sociais são mais baixos”, registrou a deputada.Norma Ayub faz apelo ao Governo para não importar conilon
Em seu primeiro pronunciamento na Câmara dos Deputados, a deputada federal Norma Ayub (DEM-ES) fez um apelo ao presidente Michel Temer e ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, para que não autorizem a importação de 1 milhão de sacas de café conilon, conforme a estratégia desenhada pelo próprio Governo com objetivo de regular o mercado.
A importação “vai desestimular enormemente as milhares de famílias que produzem café no Espírito Santo, que, ao longo dos anos, têm aperfeiçoado os seus métodos de produção, incorporado tecnologia e têm oferecido ao mercado um produto com qualidade cada vez melhor. Seria tremendamente injusto retribuir dessa forma ao esforço que eles têm feito para melhorar a qualidade da cafeicultura brasileira, gerando emprego e renda no campo”, disse a parlamentar capixaba na sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 14  de fevereiro.
Ela lembrou que, no dia 07 passado, participou de audiência com o ministro, na companhia de outros parlamentares e empresários do segmento da cafeicultura, quando o Governo justificou a importação, citando números levantados pela Conab. A estatal indicou que haveria um déficit de 1,274 milhão de sacas de conilon, considerando a demanda da indústria de café solúvel, torrado e moído no Brasil.
Esse número foi amplamente contestado pelos participantes da reunião com o ministro, que, ao contrário de déficit, apontaram a existência de 4,3 milhões de conilon no Estado do Espírito Santo e que o problema, na realidade, seria outro: há disponibilidade de café, mas falta tomador no mercado, pois a indústria hoje trabalha com um estoque físico de 1 milhão de sacas.
Norma Ayub lembrou que o Espírito Santo, hoje, tem monopolizado as manchetes dos meios de comunicação devido à situação policial/social e que o quadro seria agravado se a importação se confirmar. A deputada do DEM mostrou o peso do café na economia capixaba, atingindo cerca de 35% do PIB estadual, representando ainda a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas. Cerca de 500 mil pessoas vivem da produção desse tipo de café no Espírito Santo.
Como lembrou, existem riscos fitossanitários na importação de café, pois já foram identificadas pragas em café produzido no Vietnã, Etiópia e Peru, exatamente os países produtores de onde se pretende trazer o conilon. Também destacou em seu discurso que os custos trabalhistas no Brasil são mais exigentes, razão pela qual o produto desses países pode ser importado a custos menores. “É natural que o preço do conilon, no Brasil reflita essa complexidade de custos, mas isto não significa que se deva escancarar o País e trazer conilon de outros países, onde os custos sociais são mais baixos”, registrou a deputada.
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