O tempo

O TEMPO

Doce de Abóbora

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­

Nesses dias fagueiros em que a brisa vem suave e traz um ventinho acompanhado com aquele friozinho que balança a cortina de minha sala, é que me pego pensando no tempo de tudo que nos circunda. Mas, o que seria o tempo? Padrasto de nossos destinos? Carrasco de todas as vidas? Vilão de toda história?

Ouço sempre que o tempo é o remédio para todas as coisas, ele cura tudo, o tempo não para, estamos em outros tempos e tantas outras frases que nos ajudam a entender e assimilar esse transcorrer que é a vida. O tempo me mostra hoje os cabelos brancos, os primeiros sinais de rugas, a experiência que se acumula e a angustiosa sensação de que na ampulheta do tempo, nossos dias estão sendo tragados e se esgotando a cada grão de areia que mergulha no esquecimento.

E o que estamos fazendo com esse tempo que transcorre? Algo útil para as gerações que virão ou sendo conivente com toda estupidez e hipocrisia que vêm manchando o tempo de ódio, guerras, fofocas, e tantas outras crueldades que fazem o tempo de muita gente acabar? Sinto muito informar que cruzar os braços não fará com que o tempo seja mais cauteloso para você que se transformou no “homem-nádegas” e espera sentado o tempo passar, cultivando seu comodismo enquanto pessoas precisam de você em muitas circunstâncias mundo afora.

Ao comer aquele famoso doce de abóbora, em formato de coração, não me transportei para minha infância, mas senti a essência pueril, veio na memória o gosto, as brincadeiras, as boas marcas que o passado deixou em mim. É claro que nem tudo que passou aconteceu na mais extrema felicidade e não possuímos uma máquina do tempo para modificar as coisas ruins que aconteceram ou escolher o que ainda está por vir. Porém, podemos fazer melhor hoje. Se não dissemos “bom dia” ontem, podemos dizer de hoje em diante, ainda há tempo para isso.

Só sei que o tempo nos faz mudar. Achei o doce de abóbora com gosto de cravo demais. Talvez ele já fosse assim, mas, quando criança, eu tinha empatia, o tempo pode ter mudado o meu paladar, assim como tantas outras coisas em minha vida. O importante é que esse pequeno defeito, não deixou o doce menos saboroso. Assim é o tempo, mesmo com todos os defeitos e tantas coisas ruins que vemos passar, como é bom saborear cada dia que passa.

 

LI E GOSTEI

li e gostei

O livro educ@r a (r)evolução digital na educação, de Martha Gabriel, fala-nos dos novos desafios de ensinar nas salas de aula a partir dos acessórios tecnológicos e a mudança radical que eles trouxeram para a sociedade.

ASSISTI E GOSTEI

download (1)

O filme Alice através do espelho, 2016, dirigido por James Bobin, conta-nos que o Chapeleiro Maluco está doente e Alice vai mais uma vez ao País das Maravilhas para poder ajudá-lo. Lá, ela se depara com o tempo que lhe ensina várias coisas, além de nos mostrar que a mulher pode seguir seu destino sozinha sem precisar se casar.

FRASE DO DIA

Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

 

OUVI E APROVEI

cazuza

Dá-lhe Cazuza: A tua piscina tá cheia de ratos/ Tuas ideias não correspondem aos fatos/O tempo não para/ Eu vejo o futuro repetir o passado/ Eu vejo um museu de grandes novidades/ O tempo não para/ Não para, não, não para…

E A GRAMÁTICA…

e a garmática

Por que quem nasce em Salvador é “soteropolitano”?

 

Muitos dos adjetivos que se referem a cidades, estados ou países têm origem grega ou latina. É o caso de “tricordiano”, que se refere a Três Corações (MG), cidade natal de Pelé. Esse adjetivo é formado pelos elementos latinos “tri” (“três”) e corcordis (“coração”), aos quais se agrega a terminação “-iano”. “Soteropolitano” se refere a “Soterópolis”, que os dicionários dão como “helenização” do nome da capital do Estado da Bahia. Que vem a ser “helenização”? É o “ato de helenizar”. Os helenos deram origem ao povo grego. Em outras palavras, “helenizar” é “tornar conforme ao caráter grego”. Pois bem, em sua versão “grega”, Salvador se transforma em “Soterópolis”, que, segundo Caldas Aulete, vem de soter (“salvador”) + polis (“cidade”)… Fonte: Nossa Língua Curiosa

 

 

 

 

Compartilhe nas redes sociais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *