Percentual de endividamento tem queda enquanto inadimplência aumenta

Segundo a PEIC, no mês de julho, 96 mil famílias de Vitória afirmaram estar endividadas

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e turismo (Fecomércio-ES), em torno de 96 mil famílias de Vitória afirmaram estar endividadas no mês de julho, o que representa 75,5% das famílias. Se comparado com o mês de junho, o percentual de endividamento ficou 0,5 pontos percentuais (p.p.) abaixo dos 76% de endividados registrados à época, porém, na comparação com o mês de julho de 2016, o percentual ficou 10,5 p.p. acima do valor registrado, quando 66,7% das famílias declaram estar endividadas.

Já quando o assunto é inadimplência, a quantidade de famílias com problemas para pagar as dívidas é maior do que no último mês, atingindo 54,6% dos entrevistados, o que representa uma alta de 7,5 p.p em relação a junho. A parcela da população que está inadimplente vem crescendo desde maio e batendo recordes seguidos. O número de inadimplentes em julho é o maior da série histórica, que começou a ser medida em 2010.

Outro número que cresceu é o de famílias que afirmaram não ter condições para pagar as dívidas em atraso, passando de 6,4% em junho para 7,4% em julho. O presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, acredita que o desemprego é a principal causa do não pagamento das dívidas. “A perda de um emprego na família compromete seriamente o orçamento e, infelizmente, muitas vezes não é possível honrar o pagamento dos compromissos adquiridos anteriormente”, disse.

Quem tem opinião semelhante é o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Vitória, João Elvécio Faé. Ele explica que a economia do Brasil continua fragilizada “O governo anuncia empregos, mas sabemos que essa não é a realidade por enquanto. As famílias se socorrem da maneira que podem”, declarou Faé.

Comprometimento da renda

A parcela de comprometimento da renda com dívidas caiu no mês de julho para, mais ou menos, 21,5% entre os endividados. Um número considerado razoável para esses tipos de dívidas. O tempo médio de atraso para o pagamento entre as famílias com contas ou dívidas em atraso foi de 58 dias.

 

 

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