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ESTADO: Produção industrial cresce 3,6% de janeiro a maio

Com alta na produção das indústrias extrativa e de transformação, o resultado foi acima do nacional nos cinco primeiros meses do ano (2,5%)

A produção industrial do ES cresceu 3,6% no acumulado entre os meses de janeiro e maio de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado capixaba continua acima da média nacional (2,5%), sendo o sétimo maior entre os estados. A alta foi impulsionada tanto pela indústria extrativa, quanto pela indústria de transformação.

Os dados compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (12).

De acordo com eles, o aumento da produção de pelotas de minério de ferro, de petróleo e de gás natural contribuíram para a indústria extrativa crescer 4,6% de janeiro a maio deste ano. No caso da indústria de transformação o avanço foi de 1,6% devido ao bom desempenho das atividades de metalurgia (3,6%), fabricação de produtos de minerais não metálicos (2,5%) e fabricação de produtos alimentícios (1,0%), já a produção de celulose e papel teve um recuo de 3,7% nesse período.

O presidente em exercício da Findes, Paulo Baraona, comenta que apesar do resultado de janeiro a maio ser positivo, alguns desafios da indústria estão atrelados a condução da política monetária nacional e ao cenário internacional.

Segundo Baraona, apesar dos cortes que vem tendo, a Selic precisa continuar sendo reduzida e com cortes maiores. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,50% ao ano. “Ela continua elevada. É preciso que reduza cada vez mais. Além disso, ainda temos a regulamentação da reforma tributária e a realização de uma reforma administrativa que são fundamentais para que o país continue crescendo”, aponta.

Indústria extrativa e de transformação em crescimento

A gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, explica que os avanços da produção capixaba ao longo dos cinco primeiros meses de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, contou com a contribuição tanto da indústria extrativa, quanto da de transformação.

Na indústria extrativa o destaque ficou por conta da produção de petróleo e gás. O Espírito Santo produziu uma média de 172,9 mil barris de petróleo por dia nesse período, de acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Marília aponta que essa produção foi 8,7% acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Já com relação ao gás natural, o Espírito Santo alcançou a marca de 4,4 milhões de m³ por dia nos cinco primeiros meses do ano, crescimento de 12,9% na mesma base de comparação”, comenta a economista.

Já no caso da indústria de transformação, segundo o economista, na metalurgia ocorreu aumento da produção de bobinas a quente de aço. “Segundo as estatísticas do Instituto Aço Brasil, o Espírito Santo produziu aproximadamente três milhões de toneladas de aço bruto no acumulado do ano, valor 1,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado”, explica o gerente de Ambiente de Negócios do Observatório da Indústria da Findes, Nathan Dirr.

A fabricação de produtos de minerais não-metálicos cresceu devido ao aumento de produção de pedras de construção trabalhadas e ladrilhos e outros produtos de cerâmica para pavimentação ou revestimento. O resultado positivo desse setor pode ser explicado, entre outros fatores, pelo aumento das vendas externas em 2024.

No caso da fabricação de produtos alimentícios o destaque foi para proteína animal: suínos, bovinos e aves. Eles ressaltam que o Espírito Santo tem registrado aumento no número de abates e nas exportações de carne bovina, refletindo melhorias no manejo e investimentos no setor, conforme aponta a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag).

Produção industrial do ES cresce 13,4% em 12 meses

No acumulado em 12 meses até maio, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 13,4%. Nesse período, a indústria extrativa foi a que teve o maior avanço (20,6%) impactada, principalmente, com os bons resultados da produção de petróleo e gás.

Paulo Baraona destaca que a atuação das petroleiras independentes no Estado, a partir da política de desinvestimentos de ativos da Petrobras, é um dos motivos que explica o avanço do setor. “O ES vem tendo uma recuperação importante na produção de óleo e gás.

E, a Findes vem acompanhando de perto por meio do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia essa atuação das companhias menores, tanto com produção em terra, quanto em mar.”

A indústria da transformação também cresceu nesse período, mas em um ritmo menor (1,6%). Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (9,9%), metalurgia (2%) e fabricação de produtos alimentícios (0,9%) foram os responsáveis pelo indicador positivo.

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