PCES prende suspeito de sequestro e extorsão de idosa em Marechal Floriano
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) prendeu na manhã desta terça-feira (13) o principal suspeito de sequestrar e manter em cativeiro uma idosa de 68 anos no dia 22 de junho, no bairro Soído de Baixo, em Marechal Floriano. A prisão ocorreu em Cariacica, durante uma operação coordenada pela Delegacia de Polícia de Marechal Floriano, que investigava o caso desde o dia do crime.
Segundo informações apresentadas em coletiva de imprensa na Chefatura da Polícia Civil, a idosa foi sequestrada enquanto caminhava perto de sua residência. Os criminosos, que sabiam que a vítima havia recebido uma quantia significativa de dinheiro pela venda de uma propriedade, abordaram-na e a levaram para um cativeiro em Cariacica. Durante o tempo em que esteve refém, os suspeitos tentaram realizar transferências via Pix utilizando o celular da vítima, mas sem sucesso, devido ao bloqueio das tentativas.
A investigação foi intensiva e utilizou o cerco eletrônico para monitorar os movimentos dos veículos envolvidos no crime. De acordo com o delegado responsável pela operação, Dr. Luciano Carlos, as imagens capturadas pelo sistema de monitoramento foram cruciais para identificar os veículos usados pelos criminosos, que incluíam um Corolla e um Corsa hatch preto. Esses veículos foram rastreados em dias anteriores ao crime, indicando que os suspeitos haviam feito um reconhecimento prévio da área.
Durante a investigação, a polícia também encontrou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deixada pelos criminosos no local do sequestro, o que contribuiu para identificar o suspeito principal. O homem, que trabalhava como encarregado de logística na CEASA, foi detido enquanto estava em seu local de trabalho. A vítima, que foi mantida em condições insalubres, incluindo ser amarrada sobre um formigueiro, reconheceu o suspeito como um dos sequestradores.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a importância do cerco eletrônico nas investigações, afirmando que 80% da resolução do caso se deveu a essa ferramenta. Ele também mencionou que o suspeito já possuía antecedentes criminais, incluindo violência doméstica e tentativa de homicídio.
A operação continua, com a polícia investigando outros possíveis envolvidos e buscando identificar o local exato do cativeiro. A Polícia Civil também alerta para a possibilidade de o suspeito ter feito outras vítimas e solicita que qualquer pessoa que reconheça o criminoso entre em contato com as autoridades.