Polícia Civil conclui investigação sobre furto milionário em Vila Velha: três presos e um suspeito foragido

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) divulgou, nesta terça-feira (15), os detalhes da investigação que levou à prisão de três pessoas envolvidas em um furto milionário ocorrido no dia 17 de julho em um apartamento de luxo no bairro Itaparica, em Vila Velha. Durante uma coletiva de imprensa realizada na Chefatura de Polícia, foram explicados os desdobramentos do caso, que envolveu um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão.

A operação, conduzida pelo Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic), culminou na prisão de três indivíduos na última quarta-feira (09). Entre eles, uma funcionária do apartamento, Érica Lucido Custódio, que foi presa em flagrante no dia do crime, além de sua filha, uma advogada e um terceiro homem conhecido pelo apelido de “Gordinho”. As investigações também apontam a participação de Diego Souza Ferreira, de 37 anos, foragido desde a data do furto, que teria orquestrado o crime. As autoridades solicitam ajuda da população para localizá-lo.

O crime e a investigação

Segundo o delegado Gabriel Monteiro, chefe do Deic, o crime foi inicialmente reportado como um roubo, com a funcionária da residência alegando que havia sido rendida por três criminosos armados. No entanto, suas versões apresentaram inconsistências logo nos primeiros depoimentos. A análise das imagens de câmeras de segurança do prédio revelou que não havia registros de uma mulher armada, como a funcionária havia descrito. A história de ter sido agredida também foi desmentida pelos exames de corpo de delito, que não encontraram ferimentos compatíveis.

Ao aprofundar as investigações, a polícia descobriu que a funcionária era, na verdade, uma das principais responsáveis pelo planejamento do crime. Através do depoimento de seu filho, a polícia chegou ao nome de Diego Souza Ferreira, fugitivo do sistema penitenciário e com um histórico criminal que inclui tráfico de drogas e roubo. Ele teria liderado a ação junto com outros comparsas.

Prisões e buscas

As investigações do Deic, que se estenderam por três meses, contaram com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que ajudou a rastrear o veículo utilizado no crime. No dia 9 de outubro, uma operação foi deflagrada e resultou na prisão de três envolvidos: a advogada, a filha da funcionária e “Gordinho”, um jovem de 22 anos, também envolvido em atividades criminosas.

Além das prisões, foram apreendidos R$ 120 mil em dinheiro e uma pistola de fabricação estrangeira, equipada com seletor de rajadas. A arma estava em posse de “Gordinho”, que utilizava o dinheiro obtido com o furto para financiar o tráfico de drogas. A advogada, por sua vez, desempenhava o papel de ocultar o dinheiro de Érica e facilitar sua lavagem, distribuindo os valores entre os demais membros da associação criminosa.

Suspeito foragido

Diego Souza Ferreira, conhecido pelos apelidos de “Guarapa” ou “Golfinho”, continua foragido. Ele é apontado como o principal articulador do crime e teria vindo de São Paulo especificamente para participar da ação em Vila Velha. As autoridades suspeitam que ele tenha utilizado um carro clonado para dificultar sua identificação e pedem à população que denuncie qualquer informação sobre seu paradeiro através do Disque Denúncia.

DIEGO SOUZA FERREIRA – 37 ANOS (foragido)

Segundo o delegado José Darcy Arruda, delegado-geral da PCES, a atuação conjunta entre as forças de segurança foi essencial para o sucesso da operação e a identificação dos envolvidos.

As investigações continuam em andamento para localizar Diego Souza Ferreira e prender o último suspeito envolvido no furto. As autoridades também destacaram a importância da colaboração da população no combate ao crime, incentivando denúncias anônimas que possam auxiliar na captura do foragido.

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