O perigo que cerca Alexandre de Moraes e a urgência por medidas contra o bolsonarismo


Elvécio Andrade
 é radialista, jornalista, escritor e advogado especialista em direitos Constitucional e Administrativo.

O recente atentado terrorista ocorrido na Praça dos Três Poderes, nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), é uma prova incontestável de que as ameaças contra o ministro Alexandre de Moraes são reais e crescem em gravidade. O episódio, registrado na quarta-feira, 13, destaca a vulnerabilidade das instituições brasileiras diante do radicalismo incentivado por líderes que promovem discursos de ódio e instigam ataques diretos à democracia.

Alexandre de Moraes tem sido alvo constante de ameaças, especialmente pelo bolsonarismo, que o acusa de cercear liberdades enquanto ele atua para proteger a Constituição e combater práticas antidemocráticas. O atentado é mais um alerta sobre os riscos que correm as lideranças comprometidas com a preservação do Estado Democrático de Direito. Caso não sejam tomadas providências urgentes, o objetivo declarado de eliminar fisicamente figuras-chave da defesa institucional pode ser concretizado.

O autor do atentado é um chaveiro sem condições financeiras para realizar tal operação de forma independente. Sua atuação envolveu gastos consideráveis, como a aquisição de explosivos, o aluguel de uma casa e de um trailer em Brasília, além de quatro meses sem exercer qualquer atividade remunerada. Esses fatos levantam questionamentos legítimos sobre quem está financiando tais ações. A Polícia Federal (PF) precisa investigar com rigor a origem dos recursos empregados no ataque e identificar os responsáveis por esse apoio logístico e financeiro.

A ligação entre os atos de violência e os discursos proferidos por Jair Bolsonaro, ex-presidente e líder simbólico do movimento bolsonarista, é cada vez mais evidente. Ao longo de sua trajetória política, Bolsonaro fomentou um ambiente de polarização extrema, incentivou desconfiança nas instituições e minou as bases democráticas do país. Enquanto figuras como ele permanecerem impunes e livres para instigar ódio e violência, o risco para Alexandre de Moraes e para outras lideranças democráticas persistirá.

O Brasil enfrenta um momento decisivo. Proteger Alexandre de Moraes não é apenas uma questão de segurança individual, mas uma defesa direta do sistema democrático. Ignorar os sinais de escalada do radicalismo e do terrorismo interno é abrir mão da proteção das instituições que sustentam o país. É necessário investigar, responsabilizar e prender os envolvidos, inclusive aqueles que, como Jair Bolsonaro, usam sua influência para destruir as bases da democracia.

Que este atentado sirva como um divisor de águas, estimulando ações efetivas contra o avanço do extremismo e assegurando que o Brasil continue sendo um país regido por leis e não pela violência. Enquanto o câncer da democracia Jair Bolsonaro estiver solto, percorrendo o país, pregando violências, espalhando fakes news, vomitando asneiras, gastando dinheiro de impostos que os brasileiros pagam e incentivando o terrorismo, o Brasil não terá paz.

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