Primeira Igreja nasce na Fazendinha
Alguns fragmentos da história de Itapemirim, o município que completou 200 anos de Emancipação Política. Fotos do arquivo do grupo I Love Itapemirim
Sendo a maior parte do terreno plano e coberto por densa floresta, o que dificultava a defesa contra eventuais ataques dos índios, a sede da fazenda foi estrategicamente localizada no alto de um morro na margem sul do rio, batizado mais tarde Fazendinha. Ao lado da casa grande foi construída uma capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo, que a princípio serviria para os serviços religiosos da fazenda – essa foi a primeira Igreja de Itapemirim, segundo o historiador Luciano Retore construída em 1710 pelos primeiro colonizadores. Eles se estabeleceram nesse morro por estarem em uma posição privilegiada, uma vez que teriam de enfrentar os índios que habitavam a região. “Era uma capelinha conjugada à casa grande. Quando surgiu o povoamento mais abaixo essa capela serviu de matriz. No segundo ciclo da colonização, por volta de 1750, chegou um segundo grupo de colonizadores de Castelo que vieram fugidos dos índios para cá. O primeiro veio da Bahia em 1710”.
Foto: Ruínas da primeira igreja da Vila
Legenda da foto Ruínas da segunda Igreja de Itapemirim (a primeira foi construída junto à casa grande no morro da Fazendinha, por volta de 1710). Como o acesso do povo era muito difícil, entre 1812 e 1820, foi construído uma nova matriz, na atual rua Jerônimo Monteiro. Foi nesse espaço que houve a festividade maior pela independência do Brasil, em 1822.
Igreja Nossa Senhora do Amparo 160 anos
São 245 anos de existência (2014). Inaugurada oficialmente em 15 de setembro de 1855 pelos capuchinhos, o templo é o principal marco histórico do município. A arquitetura da mais que centenária igreja não tem estilo definido, apesar de demonstrar tons romanos e portugueses. Sua fachada nos remete ao passado e em seu interior é possível encontrar imagens que resistem a ação do tempo, ultrapassando 300 anos. Os sinos que anunciam o início da Celebração Eucarística estão suspensos na cúpula de uma das torres e a Capela do Santíssimo está localizada logo na entrada do santuário.
Famílias que contribuíram para o crescimento de Itapemirim
Destacou Luciano Retore, algumas famílias que contribuíram muito para o desenvolvimento e crescimento de Itapemirim. Entre elas, destacou as que chegaram no século XIX, a Família Silva Lima, que era do Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, na época de grande prestígio. Outra de destaque, era a Gomes Bittencourt – por ironia do destino contrária a família do Barão. Outra de destaque, foi a Quintaes, inclusive tendo o prefeito Balbino Quintaes eleito em 1909. Guimarães também marcou presença, como a família Tavares de Brum e Moreira, família do médico José Moreira Gomes, primeiro prefeito de Itapemirim. No século XX, a maior influência é das famílias libanesas, como a Jabour e a Brumana (comerciantes libaneses). “Na verdade o sobrenome da família Brumana é Gal-Gau, Brumana é o nome da cidade do Líbano da qual eles vieram. O Líbano nessa época era dominado pela Turquia, o passaporte que emitiam para as pessoas vinham com um nome turco, por isso quando eles chegam aqui são chamados de turcos, e eles ficam muito zangados, na verdade a Turquia dominava o Líbano. A família Bechara, Abdenor, Freitas, Hautequestt e outras.
Foto: Família de Libaneses
Prefeito Balbino Quintaes em 1909
Prefeito de Itapemirim em Meados de 1950 – Waldir Alves – pai do Dr. Luciano. Na foto ele está com a mão na massa.
Amphilóquio de Moreno, prefeito e deputado estadual na década de 1920
Inauguração da ponte 1955 – Foi importante para promover a ligação entre as regiões dos lados norte e sul do município, integrando a região da Grande Piabanha. Outro aspecto foi o encurtamento da distância entre Itapemirim e Vitória.