Você sabe o que são as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde?
por Vinícius Bednarczuk de Oliveira*
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) foram instituídas no Brasil em 2006, através de uma Política Nacional. São consideradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como práticas da medicina tradicional, ou seja, a soma total de conhecimentos, habilidades e práticas baseadas nas teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, utilizadas na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, melhoria ou tratamento de doenças físicas e mentais.
Atualmente, são 29 PICs ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo elas: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança Circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de Mãos, Medicina Antroposófica/Antroposofia aplicada à saúde, Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas Medicinais – Fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de Florais, Termalismo Social/Crenoterapia e Yoga.
São práticas bem diferentes umas das outras, porém, todas elas têm o mesmo objetivo: proteção e recuperação da saúde. O principal diferencial das PICs da medicina considerada alopática, é que a medicina convencional busca tratar os órgãos e sintomas separadamente, enquanto a prática das PICs é baseada na palavra grega “Holos”, que, em suma, corresponde a um tratamento que leva em consideração o indivíduo como um todo, não somente como um conjunto de seus sintomas.
Essas práticas podem ser encontradas tanto no SUS quanto em consultórios particulares, mas, ressalto que a população que tem interesse pode encontrar esses serviços bem perto de casa. As PICs são ofertadas em mais quase 80% dos municípios brasileiros, e 90% dos serviços que ofertam as PICs estão na Atenção Primária, ou seja, presentes nas unidades básicas de saúde (UBS).
Conheça os benefícios que essas práticas consideradas tradicionais trazem na recuperação da saúde, e fortaleça as PICs no SUS.
Autor: Vinícius Bednarczuk de Oliveira, farmacêutico, coordenador dos cursos de Farmácia e Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter