Covid-19: OMS afirma que vacina é bem público global

Temos de nos unir por esse objetivo

Vários países avançam com suas campanhas de vacinação contra a Covid-19. No ranking das dez nações que mais aplicaram doses contra a doença, estão Estados Unidos, China, Reino Unido, Israel, Emirados Árabes Unidos, Itália, Alemanha, Rússia, Espanha e Turquia. Proporcionalmente, Israel lidera com folga na imunização contra o novo coronavírus. O Brasil, que foi um dos últimos a começar a vacinação devido a dificuldades no processo de aprovação dos imunizantes e erros de negociação, agora parece ter engrenado na campanha de imunização.

Diante desse cenário, lanço minha preocupação aos países sem quaisquer condições de planejar um programa de vacinação para imunizar suas populações. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a imunização contra a Covid-19 deve ser assegurada a países mais pobres e a pessoas com menos renda tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Essa estratégia tem sido defendida pelo presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC/ONU), embaixador Munir Akram. Ele teme que as vacinas acabem não chegando aos locais e pessoas com menores condições econômicas. E assegura que ninguém está a salvo até todos estarem a salvo.

As vacinas devem ser vistas como um bem público global. E nesse sentido, é fundamental que todos lutemos contra o vírus e contra as consequências dele, já que a pandemia afeta também os aspectos econômico e social.

Mais do que lutar pelas vacinas, é preciso enxergar além. O mundo devastado pela pandemia precisa pensar agora em medidas para socorrer e promover a recuperação sustentável dos países mais afetados.

Pensar e planejar o futuro, sem deixar de se preocupar com o presente. E para enfrentar as incertezas, o melhor caminho é a informação. A Editora Colli Books, da qual eu sou diretora, tem se esforçado nesse sentido, ciente de sua missão social. Neste sábado (6), às 16h, a editora vai realizar uma live com dois especialistas em vacinas: Bruno Scarpellini, que é infectologista, epidemiologista e professor de Medicina na PUC Rio; e Melissa Palmieri, que é diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (regional SP) e especialista em Vigilância em Saúde. Você que me acompanha nesta coluna está convidado a assistir a transmissão através do link collibooks.com/lives.

E enquanto a vacina não chega para todos e todas, o mais seguro é manter os protocolos sanitários, como o isolamento social, uso de máscaras e álcool em gel. Sigamos na luta com responsabilidade, fé e preocupação com o próximo.

por Isa Colli, jornalista e escritora / @isacolli_oficial / [email protected]

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