OPINIÃO: Não é hora de relaxar… o vírus está no ar
Essa semana ando muito reflexiva, tomada pela saudade. Desde que a pandemia começou, no início de 2020, não pude mais viajar ao Brasil para ver meus filhos e meus pais. Daqui da Bélgica, o peito aperta e o jeito é acalentar o coração da maneira que é possível. Dia desses fiz uma ligação em vídeo para meu filho Deizinho. É tanta vontade de estar junto, de abraçar, mas um oceano nos separa.
Com meus pais, além da saudade, há a preocupação com a saúde frágil. Daqui da Bélgica, eu cobro se foram ao médico, se estão com os exames em dia, se tomaram as vacinas da gripe e da Covid, mas como faço para dar um abraço? É saudade que dói.
Teria todos os motivos do mundo para pegar um avião e correr para os braços dos meus filhos e dos meus pais. Meu lado racional, no entanto, não me deixa tomar uma atitude intempestiva. E sabe por quê? A pandemia não acabou. A vacinação avança, mas o vírus é cruel e veloz. O número de mortos continua alto e o surgimento de novas variantes nos mostra que não devemos baixar a guarda, seja no Brasil, na Bélgica ou em qualquer lugar do planeta.
É dever de todos e todas evitar aglomerações. Usar máscaras e higienizar as mãos ainda são os procedimentos mais seguros para quem precisa estar nas ruas. Todos os cuidados devem ser mantidos, não é hora de relaxar. Em respeito aos que se foram e em solidariedade à dor das famílias que perderam seus entes queridos para essa doença macabra, devemos agir com responsabilidade. Outro dia vi uma frase no Facebook que me marcou e eu encerro meu texto com ela. Espero que também toque você, meu querido leitor: “Na festa sempre cabe mais um, na UTI não”.