OPINIÃO: Não quero nem julgar, nem me defender – a culpa, cada um que fique com a sua!
O texto a seguir é de opinião, você pode concordar ou não, mas é o meu olhar da cena.
Quem nunca viveu cenas semelhantes, por favor, me perdoe. A culpa é sua que eu perdi a hora. A culpa é sua que o lixo não foi jogado fora. Tomou um chifre, a culpa é sua que não fez o dever de casa direito. O amor acabou, a culpa é sua. O casamento acabou, a culpa é sua???? A culpa do acidente, a culpa do suicídio, a culpa. A culpa. A culpa. Danem-se as culpas! E a responsabilidade?
Qual é a culpa da Luciana no episódio da aposentada que caiu na calçada do Sicoob no último dia 17?
Houve quem visse a live e comentasse que ao invés de dar mídia ao fato, que a socorresse. Houve quem a parabenizasse por tornar público um fato. Houve orgasmos da oposição.
E, em se tratando de fato, é notícia. Luciana estava no ofício de seu trabalho. Queria apenas se aparecer? Claro que, para alguns que não a conhece, sim, ela queria mídia. Queria se dar bem, queria clickes… queria…queria…
Tem uns diabos que juram que Luciana queria se dar bem com a cena da mulher caída na calçada, com dores, à espera do socorro.
Oh, Luciana Maximo, como você é oportunista, maldita! ‘Disgramada’, tá roubando a cena!
Bem, voltemos ao caso da aposentada que caiu na calçada. Tão logo a viu, Luciana perguntou o que havia ocorrido. A PM ao lado explicou que ela havia tropeçado na calçada e caído. E o socorro? A PM dissera que havia ligado para o Samu e a ambulância estava em outra emergência. Havia ligado também para o hospital e, a notícia era que a única ambulância que havia estava fazendo transferência de um paciente.
Ainda assim, perguntou, Luciana se a dona Beatriz poderia ser socorrida em um carro de passeio, “não”, disse a PM, e a enteada da senhora caída no chão, confirmou.
Já sabendo que as ambulâncias estavam em outros atendimentos, a repórter petulante ligou para o diretor do Hospital Geovane Bidim e solicitou um profissional da enfermagem no local para dar os primeiros socorros. E assim foi feito. Imediatamente chegou uma técnica em enfermagem, junto dela estava o motorista e uma Doblô (que não cabia uma prancha para imobilizar a paciente).
Uma hora depois a jornalista voltou à cena da calçada, pois havia saído para outra emergência, e a ambulância do Samu chegava para socorrer dona Beatriz.
Tudo certo, fora atendida, RX feito, fratura comprovada. Foi preciso transferi-la para o hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha.
E a Luciana Maximo, a oportunista de plantão, pergunta ao secretário de Saúde, ao vivo em sua live, o motivo daquela situação tão humilhante. Ele explicou e lamentou.
A jornalista manteve-se informada sobre a acidentada, que aguardava por cirurgia devido ao acidente, ressaltando que tinha que ficar só, sem direito a acompanhante, assim aguardava por um procedimento cirúrgico.
A história do tombo da calçada continuou para a jornalista que, imediatamente, fez o registro. Dona Beatriz, com seus direitos, podia ter acompanhante e mais, ser transferida para o Hospital da Marinha,
Contudo, a burocracia atrasava o processo e causava mais sofrimento a aposentada. Luciana imediatamente se colocou à disposição para com a sua voz tocar o Estado e pedir urgência nos trâmites. Que o Bezerra respondesse o e-mail da Marinha e enviasse o laudo arquivado na mensagem para que a transferência fosse realizada. Enviou demanda a Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde com o título de URGÊNCIA. E a SESA lhe respondeu: transferência feita e dona Beatriz, agora, tem a companhia por direito e merecedora.
O que quero dizer aos senhores juízes de plantão: eu já passei da fase de contar curtidas nos meus post’s. Já perdi a conta de comentários em lives que fiz e não estou aqui atrás de clickes como o Theodoro de Império.
Não, não posso julgar o Hospital de Piúma, nem o Samu, nem o prefeito, nem ninguém, mas posso tornar público um fato e pedir que as calçadas sejam revistas, que a Saúde seja prioridade e que o cidadão seja respeitado!
Apenas isso. Não preciso ser dona da razão, nem ganhar o seu aplauso, leitor! Quero apenas que Dona Beatriz passe pela cirurgia com sucesso, retorne para casa e seja cuidada pelos que a amam. Não quero ficar caída na calçada com o fêmur quebrado implorando por um socorro mais rápido. Não quero nem julgar, nem me defender, e a culpa, cada um que fique com a sua!