José, e agora? Vai repetir o terno azul ou ficar com o pires na mão?
Este é mais um artigo de opinião de quem vai além das notícias
Então, este é mais um artigo audacioso, de opinião de quem tá fora, mas tá de olho nos bastidores, ou seja, não é secretária de Governo, nem garantiu cadeira na Casa, muito menos se empanturra das iguarias do rei porque não é convidada ao palácio e não há lugar na mesa; entretanto, brinca com as palavras. Acreditem, senhoras e senhores leitores, se organizadas em belos parágrafos e coordenadas com os devidos elementos coesivos, obedecendo a coerência textual, abusando dos sinônimos e adjetivos, e, ainda, colocando as vírgulas nos seus devidos tempos e espaços, bem como, usando de forma respeitosa o acordo ortográfico, e, com cautela, um pouco de ironia e metáforas; poderá este pseudo artigo ter coesão nas ideias e provocar uma análise para além da sintática.
Que mistura de gramática doida para provocar o presidente da Câmara e dá um recado nas entrelinhas aos senhores edis que, acreditem se quiser, um passarinho fofo sobrevoou minha humilde casa rosa e soprou de cima do galho do pé de Fruta do Conde que, estão na surdina se organizando para te peitar, Zé, e pedir a eleição antecipada para a Presidência. Piúma, Piúma, o Ministério Público é logo ali.
Então, o vereador Fabricio Taylor já mostrou que tem interesse na Mesa, e vem com justificativa dizendo que os meses de outubro, novembro e dezembro são agitados por conta das eleições e copa do mundo. Quem é Piúma na fila do pão? E ele tem o apoio de Bruno, Eliezer e Campi…
O fato é que você tem o comando Zé, e pode dar as cartas. Quem recebeu a benção dos cargos da Mesa quando você venceu aquela eleição, vestido com aquele belíssimo terno azul, sabe muito bem que “onde se ganha o pão não se come a carne”.
Agora, Zé, que você já sabe que os nobres colegas têm mais interesse nos cargos da presidência do que cumprir, junto com vossa excelência, o papel responsável de executar a sentença do meritíssimo juiz, ou seja, dar celeridade ao projeto para criação dos cargos e realização do concurso público, tentar apresentar uma emenda para atrasar o processo, não é uma boa ideia.
Bem, se eu fosse tu, chamaria pra conversa quem já tem a benção da Mesa e se o diálogo ficar difícil, mostra as cores da sua caneta e o poder que ela tem em uma contratação ou exoneração. Pronto! Quero crer que um servidor comissionado não ficaria feliz em perder até dezembro uma quantia que dá para comprar um carro seminovo.
E outra, se querem antecipar a eleição para agosto, convoque para a 1ª quinzana de junho e você sabe muito bem como costurar para levar esta de novo, porque a caneta é tua até dezembro!
A realização do concurso para os cargos é uma realidade que não terá como os nobres edis serem contra a votação do projeto que está nas comissões. Berná Muita Raça acha difícil, mas o promotor não, aposto, e o juiz pode determinar a execução da sentença a qualquer momento. Deixa ele saber dos bastidores, das reuniões secretas.
Creio que Tobias Scherrer não será contra, nem Eliezer Dias e muito menos o Campi, todos têm compromisso com o mandato e não vão na cara dura dizer que não votam favorável.
Quem, em sã consciência, será contra um cargo efetivo de recepcionista? E quem não gostaria de fazer o concurso para esta vaga? O povo não é mais tapado, tudo viraliza muito rápido e, nem todos estão dentro, porém; todos querem entrar.
Quer saber, humildemente, Zé, te sugiro agendar um café com o promotor e propor um Termo de Ajuste de Conduta – TAC, para, caso, você seja traído, amarre bem as pontas. Chama o promotor e ponha as cartas na mesa, sugerindo que, só serão nomeados os cargos comissionados da nova composição da mesa, após realização do concurso e ocupação dos cargos efetivos.
E, se você convidar para compor com você quem já tem benção, e não toparem, com a eleição para junho, por exemplo, você coloca todos na rua da amargura, exonera, um a um.
Ao invés de você, desculpe, excelência, permitir ser atropelado pelos nobres edis que estão te pressionando para a eleição da eleição da Mesa antes do prazo, surpreenda-os, primeiro. Deixe-os de calça na mão.
E tem outra opção, para quem não quiser fechar com você, execute a sentença do juiz, exonere todos os cargos, inclusive os teus, pare a Casa, quero ver se o Concurso não sai. Quer jogar? Jogue comigo. Quais são as tuas chances, se não for dar mais um drible?
Ou eles aprovam o concurso e a farra dos cargos acaba, ou negociam os cargos, vencem a presidência e tudo continua, e você terá de tirar o belo terno azul e sentar como um vereador que nem uma indicação será atendida, nunca mais.
Saia da presidência com a cabeça erguida, Zé, e carregado nos braços da população. Coloque o projeto do concurso para votação, garanta os votos que você sabe que vai ter, ninguém é tão inocente, ao invés de agradar 10, agrade 22 mil habitantes.
Eu marcaria um café hoje mesmo, primeiro com os Taylor’s, cujo o poder coça-lhes a todo instante, depois chama Bruno, Eliezer e Wallace. Se não votarem o concurso, coloque a exoneração dos deles nas mãos. Vai repetir o terno azul ou ficar com o pires na mão?