OPINIÃO E INFORMAÇÃO: Xamanismo “não é bagunça”

A nutricionista Katiscia Dias nos chamou atenção com o post na sua rede social e o portal foi pesquisar o termo. Alguns historiadores acreditam que o xamanismo surgiu na Europa entre 30 000 e 20 000 de anos atrás em que as pinturas rupestres encontrada na França e Espanha evidenciam essa descoberta.

O xamanismo não é uma religião, pois não existem livros canônicos, é uma prática ancestral que envolve: magia, filosofias, cura, transe, transmutação, seres místicos, ou seja, é a ligação com o sagrado.

A palavra xamã significa “inspirado pelos espíritos”, a palavra Shaman tem sua origem na língua Manchú-Tangu, e estudos mostram que ela apareceu no sânscrito, apesar de muitos acharem que a palavra vem do russo.  O “sha” do shaman, significa “conhecer”.

O Xamanismo busca a força interior e o reencontro dessa com os ensinamentos da natureza. Para os adeptos do xamanismo, a cura para todos os males está dentro de cada ser e por isso ninguém pode curar ninguém e sim a pessoa cura a si mesma.

O Xamã é uma pessoa que entra em contato com o mundo espiritual através do transe, que nada mais é do que o desdobramento do corpo, em que ele busca no plano astral, orientações.

A nutricionista Katisucia Dias em seu post do dia 07 de setembro deixou claro que Xamanismo não é bagunça. Ela vai além, afirma que as práticas do Xamanismo ocorrem no mundo inteiro, é multicultural. Nada mais que um conjunto de comportamentos, referenciado inicialmente, às comunidades nativas, originárias de uma terra, indígenas. “Ou seja, antes das invasões e explorações coloniais. Antes mesmo, do que iríamos denominar até de Religião, Filosofia, Ciência. Rituais de conexão com a natureza, com o sagrado e também com o profano. Celebrações de plantio e colheita. Rodas de contação de histórias e compartilhamento de saberes, aconselhamento sobre decisões importantes. Observação e contemplação da vida e sobre si mesmo. Estudo sobre melhora do corpo físico, mente e emoções, quando estes eram acometidos por algum desequilíbrio”.

Em seu poste provocativo, Katiúscia deixa bem claro que o Xamanismo se pratica, incusive hoje. Entretanto, em algum momento da história, foi estabelecido que o certo era isso e o errado aquilo. “O bom é o nosso, o do outro é ruim. Bem e mal. Civilizado e selvagem. Divino e diabólico. Homem e mulher. Senhor e escravizado. Branco e preto (amarelo, vermelho). Científico e místico. A colocação de “ordem” no mundo, para satisfazer àqueles que estavam (e estão ainda), determinados à conquistar territórios, corpos, mentes e crenças… colocou em cheque as tradições de muitos povos”. Por conta do suposto certo e errado, das imposições da sociedade que determina comportamentos, muita gente tem medo, da própria humanidade, de ser quem se é, de sentir o que se sente, assegura Katisucia em seu post. “A naturalidade das coisas. É difícil ser livre. A liberdade, muitas vezes é confundida com libertinagem, vagabundagem, preguiça. Porque bom mesmo, é o esforço, trabalho sofrido. O prazer, deve ser contido. A culpa é uma ótima medida, para saber se está dentro da lei”. E continua Dias em sua rede social. “Post provocativo, no dia da dita independência. Que fique claro, que a intenção nem é dizer, que eu seja detentora de alguma verdade. Mas, refletir, sobre quais são as “verdades” que escolhermos seguir. Quem foi que disse, que também não existe regra ou lei, na natureza? Tem sim. E ela é implacável, não por nos julgar por meio do cabresto, mas por mostrar as coisas, como elas são.Muitos não querem se colocar à prova, sob o prisma dos povos nativos e os saberes ancestrais, porque nessa dinâmica de ser no mundo, a guiança não é a da reprssão, mas a da RESPONSABILIDADE…”

Como funciona e o que é usado no xamanismo?

Como fora dito anteriormente, o Xamã entra em contato com o mundo espiritual através do transe, e para entrar em transe, eles utilizam substâncias psicoativas, ou, expansores de consciência, estas substâncias junto com outras, são chamadas também de medicinas da floresta, dentre elas, as mais conhecidas são:

-Ayahuasca: feita da mistura do cipó-mariri com o arbusto chacrona, também é conhecido como o Sando Daime.

– Chá de cogumelo:  Amanita muscaria é o nome do chá, é tomado pelas pessoas da Sibéria, durante o solstício de inverno.

– Rapé:  é composto de ervas, cascas de árvores e outras plantas tradicionalmente usadas por tribos indígenas da América do Sul há milhares de anos. Algumas provocam mirações (expansão de consciência). Rapé vem do francês, que significa “raspar”.  Inclusive, o rapé tem passagem na literatura brasileira, na obra do Machado de Assis em Bote de rapé e em Os Maias, de Eça de Queirós.

– Cachimbo xamânico: utilizados para processos de cura, tanto físico como espiritual. O Ritual é entoar uma oração enquanto fuma o cachimbo (sem tragar), elevando-se.

– Rituais de dança: conhecido como Ritual do Toré, é um ritual que envolve a dança e é praticado pelos indígenas do Nordeste do Brasil. Estas danças materializam os seres espirituais ou encantados e pode durar horas.

Katiúscia Dias postou e o texto e o jornal compartilha aqui
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