Memória e Identidade Negra no Brasil envolve alunos do Coronel Gomes em Anchieta refletindo a Consciência Negra

Escola Coronel Gomes de Oliveira realiza projeto interdisciplinar sobre o dia da Consciência Negra intitulado “Memória e Identidade negra no Brasil”.

Fotos: Escola Coronel Gomes

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Coronel Gomes de Oliveira, em Anchieta, ES, envolveu os estudantes no tema Consciência durante todo o trimestre com diversas atividades interdisciplinares e sexta-feira, 18, a culminância do Projeto Memória e Identidade Negra no Brasil com uma vasta programação envolvendo diversas manifestações culturais.  

De acordo com o coordenador Jordan Alves, a memória é a capacidade que o ser humano desenvolve para conservar as experiências e informações sobre o passado e, principalmente, instrumento de produção e estruturação da identidade. Assim, a memória também pode ser utilizada para reconstruir os fatos históricos, culturas e grupos sociais. “Desta maneira, na sociedade atual a escola deve e precisa utilizar da memória e da identidade como meio de desconstrução de preconceitos historicamente cristalizados por meio da história, da língua e da cultura”, afirmou.

Entendendo o Brasil como um país estruturado sob um sistema escravista e racista, a Escola Coronel Gomes de Oliveira, por meio das áreas de Ciências Humanas e Linguagens, realizou, com o Ensino Fundamental II,  o Projeto Interdisciplinar sobre o Dia da Consciência Negra intitulado “Memória e Identidade negra no Brasil”, que teve como objetivo relembrar o passado escravocrata para a conscientização e politização de ações afirmativas contra o racismo em suas diferentes formas de atuação.

“Os alunos de todas os anos do Ensino Fundamental II tornaram-se protagonistas de suas pesquisas e escolheram um tema relativo a questões socioculturais que englobam o ser negro na contemporaneidade para a construção de uma apresentação cultural”, ressaltou o professor de História Luiz Cláudio Domingues. Foram criados corais, teatros, encenações musicais e poéticas. O projeto levantou questões de racismo cultural, social, estrutural e religioso. Além disso, os alunos criaram, desde o início do terceiro trimestre, no componente curricular de Arte, releituras de obras de artes, esculturas, bonecas, maquetes, entre outros itens de relacionados à cultura Africana. 

“As manifestações artísticas se opõem a toda forma de exclusão e discriminação, por vezes a única maneira de grupos historicamente marginalizados questionarem as estruturas que os oprimem. Sendo assim, foram mobilizados os conceitos de protagonismo, acolhimento e autonomia, pois ao pensar nas diversas formas de exclusão os discentes adentraram o campo de construção e ação sobre sua própria aprendizagem”, assegurou a professora Ana Paula Mendes.

Organizaram as apresentações e trabalharam o tema nas aulas os professores, Ana Paula Mendes, Lorena Gonçalves, Luiz Cláudio Domingues, Tatianne Correia, Carlos Eduardo Celdeira, Robson Gonçalves, Jéssica Mendonça, Márcia Trinas, Lidiani Bissa pedagoga Cislei Fonseca. A escola Coronel Gomes tem na direção Betânia Alpoim, e o sucesso é o resultado da dedicação de todos.

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