Programa Ser Mata Atlântica forma 1ª turma de educadores ambientais em Vargem Alta/ES

Programa Ser Mata Atlântica forma 1ª turma de educadores ambientais em Vargem Alta

Um clima de muita alegria, satisfação e emoção marcou a formatura da primeira turma do Programa Ser Mata Atlântica, desenvolvido pela Prefeitura de Vargem Alta, através das Secretarias Municipais de Educação e de Meio Ambiente, em parceria com o Programa de Conservação da Saíra-apunhalada e a Reserva Ambiental Águia Branca.

A cerimônia de entrega dos certificados ocorreu na Reserva Ambiental Águia Branca, no distrito de Castelinho, no interior de Vargem Alta, na tarde desta quarta-feira, 30 de novembro.

Esta primeira turma foi formada por professores de Ciências, História e Geografia, além de pedagogos e servidores da Defesa Civil e das Secretarias de Educação e Meio Ambiente.

Um dos objetivos do Programa é a capacitação destes profissionais para a formulação de uma disciplina para a grade curricular escolar municipal já para o ano de 2023 e o desenvolvimento de projetos de preservação que envolvam as escolas e as comunidades do município.

Tal disciplina visa ensinar aos alunos a importância dos ecossistemas vargem-altenses, assim como a ocupação histórica do município, os aspectos históricos e culturais, os ciclos econômicos, aspectos naturais como clima, recursos hídricos, fauna e flora, e estimular os educandos a aplicarem tais conhecimentos em suas comunidades através de projetos, reverberando o conhecimento adquirido em sala de aula e nas atividades externas.

Fábio Scaramussa, coordenador do Polo UAB de Vargem Alta e professor de Geografia da Rede Estadual de Ensino, e Elenilda Marcelino Goulart, pedagoga da Secretaria Municipal de Educação e professora da EMEB José Helvécio Altoé, foram escolhidos para compartilhar suas experiências representando todos os demais formandos do Programa.

“Essa formação me emociona muito, porque acredito que para cada um de nós está sendo um divisor de águas com relação a Educação aqui em Vargem Alta. Ela potencializou nossa prática pedagógica. Cada aula que a gente tinha aqui a gente ficava ansioso para colocar em prática. Já participei de outras formações, mas igual a essa nunca tive. Foi um enriquecimento muito grande para todas as escolas. Nunca havíamos sido tão valorizados como fomos desta vez”, afirmou Elenilda.

“Um educador cercado por paredes de uma sala de aula esquece o mundo a nosso redor. Queria dizer que o Ser Mata Atlântica preencheu uma lacuna como educador ambiental. Faltava isso para eu dizer que estou preparado para levar esse conhecimento sistêmico para a sala de aula. Cada um aqui chegou de um jeito e vai sair diferente, realmente formado para trabalhar para nossos alunos de Vargem Alta. A transformação dos professores que fizeram este curso foi ativa, efetiva e afetiva”, disse Fábio.

O curso


Um grupo de trabalho formado pelos secretários municipais de Meio Ambiente e Educação, Helimar Rabello e Michele Sampaio, a bióloga da Reserva Ambiental Águia Branca, Aline Lobato, e a mobilizadora social do Programa de Conservação da Saíra-apunhalada, vinculado ao Instituto Marcos Daniel, Valdívia Rocha, coordenou todo conteúdo programático e as aulas práticas.  

Aline falou da relação entre Educação em sala de aula e o aprendizado em meio a natureza, e afirmou que este é só o início de um ciclo para a Reserva e o Município. “Muito há por vir de projetos e atividades. A Reserva é um lugar muito lindo e precioso de Vargem Alta. Foi muito satisfatório abrir esse espaço para essa convivência e aprendizado em meio à natureza. Estamos todos juntos para apoiar uns aos outros em projetos futuros”, disse.

O presidente do Instituto Marcos Daniel, Marcelo Renan de Deus, parabenizou os formandos e a Prefeitura Municipal pela iniciativa, e falou da importância deste programa para o meio ambiente: “vocês passaram por uma jornada de formação ímpar que vai distinguir vocês entre seus pares. Ver um movimento de sustentabilidade partindo da Prefeitura é a melhor forma que a nossa sociedade pode encontrar para nos prover saúde, sustentabilidade e as demais coisas mais fundamentais de nossa vida. É uma iniciativa que não se vê toda hora e tenho certeza que esta semente plantada vai colocar os habitantes de Vargem Alta à frente dos demais municípios na busca de uma sociedade melhor. Foi um privilégio ter podido caminhar junto nessa empreitada”, disse.

A presidente da Câmara Municipal, Alessandra Fassarella, também compareceu ao evento junto com os vereadores Rivelino Rosa, Marcelo Scaramussa e Walaci Pizetta. Em seu discurso em nome do Poder Legislativo, parabenizou o prefeito Elieser Rabello pela iniciativa.

“Educar para o futuro é falar de direitos que transcendem a atualidade. Temos o dever de fazer que as futuras gerações gozem de um meio ambiente equilibrado. Parabéns prefeito e todos os envolvidos em trazer esta matéria tão importante. Somos o primeiro município do Espírito Santo a desenvolver este tipo de trabalho. Isso demonstra a seriedade que a administração pública leva a questão do meio ambiente equilibrado para as futuras gerações, para que nosso município cresça de forma ordenada e com consciência coletiva”, afirmou Fassarella.

Segundo Valdívia Rocha, mobilizadora social do Programa de Conservação da Saíra-apunhalada, “o Ser Mata Atlântica é a materialização deste universo de conservação que a gente tanto fala. Fazer o melhor possível juntos é a essência deste Projeto”.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Helimar Rabello, falou do trabalho de tirar esta ideia do papel e transformar em realidade. “O programa surgiu depois de muitos encontros. ’Ser’ é algo que existe, que vai aumentando mais com cada nova turma, com novos projetos, com a equipe de técnicos, com novas ideias. Para dar aula tem que conhecer melhor nossa cidade, pois há espécies que só existem em nosso município. A conscientização pode começar no pátio de nossas escolas. Temos muitas coisas bonitas para preservar aqui e explicar para os alunos”, disse.

A secretária municipal de Educação, Michele Sampaio, falou do tamanho do desafio que o prefeito lhe deu e da satisfação de ter concluído esta primeira etapa. “Estamos aqui concluindo uma etapa importante para alcançar o objetivo de uma matéria curricular dos ecossistemas vargem-altenses na primeira escola em tempo integral do município. Começamos de forma madura e racional para chegarmos aqui de forma consistente com o que a gente quer ver. Foram quatro meses de encontros onde aprofundamos bastante o conhecimento. Trabalhamos a formação dos professores, o planejamento e como repassar esse conhecimento aos alunos. Neste período de feiras escolares temos visto muitos projetos interessantes e já vemos as sementes do Ser Mata Atlântica florescendo”, disse.

Visivelmente emocionado e feliz em ver a concretização de sua ideia, o prefeito de Vargem Alta, Elieser Rabello, parabenizou todos os formandos e o grupo de trabalho que geriu o projeto. Agradeceu o apoio do Instituto Marcos Daniel, da Reserva Ambiental Águia Branca e de todos os técnicos e professores que se empenharam durante este curso.

“Estou muito feliz mesmo em ver concluída esta primeira etapa. Parabéns a todos os envolvidos. Em um bate-papo saiu uma ideia e é muito bom ver as coisas acontecendo e esse coletivo sendo ampliado. Em breve vocês estarão juntos com nossos jovens ajudando a transformar a realidade de nosso município, conhecido como a Cidade da Água e do Verde. Acredito que a questão não é apenas preservar, mas sim melhorar o meio ambiente em que a gente vive. Há muito tempo que não víamos Vargem Alta participando de eventos culturais, de saúde, ambientais, etc. Ficamos muitos anos estagnados e por isso precisamos dar um salto muito grande. Precisamos dar um salto para recuperarmos o nosso local de destaque no Espírito Santo e no Brasil. Temos tudo aqui.”, afirmou Rabello.

Projetos elaborados durante o curso

Como parte da conclusão do curso, os formandos do Ser Mata Atlântica foram divididos em grupos e elaboraram cinco projetos ambientais que serão desenvolvidos em conjunto com as escolas municipais envolvidas e suas respectivas comunidades.

Os projetos estão em fase final de elaboração e de acordo com o prefeito, o Município vai se empenhar para auxiliar na identificação de custos e contrapartidas para que estes se tornarem realidade.

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