OPINIÃO: bati boca com a primeira dama e disse que não gosto de teatro com políticos
A primeida dama de Dores do Rio Preto entra em contato com jornal para solicitar direito de resposta por sido dito na matéria que ela estava presente na reunião, entre as 30 pessoas.
Não sei foi uma boa ideia a primeira dama de Dores de Rio Preto me ligar e me ameaçar processar, só porque eu disse que ela estava presente na reunião, onde o prefeito, Ninho, perdeu a cabeça e chutou uma mesa na direção da assistente social. Quero que fique claro, senhora Alessandra da Paz Siqueira Carvalho, também secretária de Saúde, aliás, no site da Prefeitura, ainda consta como secretária de Assistência. Não tenho medo de escrever a verdade, o meu juiz está acima de tudo isso, e principalmente de teatro político. A senhora foi informada que, tão logo recebi informação da agressão à assistente social, encaminhei uma demanda à PolíciaCivil – PC do Estado para saber se o fato procedia. Em seguida, recebi o áudio enviado pela assistente social, que enviou à secretaria Estadual da Mulher. Antes de escrever uma linha da notícia, cidadãos rio-pretenses, liguei para o prefeito, para que ele desse a versão dele para os fatos narrados pela servidora. Entretanto, ele limitou-se a dizer que não houve nada daquilo, que teria sido apenas uma discussão verbal. E não enviou nenhuma nota, mesmo o jornal tendo solicitado. A notícia foi publicada, na manhã deste sábado, 04, e logo a primeira dama de Dores entrou em contato com o jornal, solicitando direito de resposta. Eu disse a ela que demos o direito ao prefeito e ele não atendeu a ligação. Eu disse a ela que o nome dela não fora citado na notícia, que apenas dissemos que a primeira dama estava presente na fatídica reunião.Ela insistiu para dar a versão dela para os fatos, e com tom arrogante, querendo menosprezar o trabalho da assistente social. Não dei mole. – “Oi Luciana, meu nome é Alessandra, sou a primeira dama citada na sua matéria… Eu gostaria de ter o direito de responder com meu advogado”…_”Direito de resposta”?, perguntei. “Eu não citei seu nome”. – “Sim, tá primeira dama, e a primeira dama sou eu. Eu gostaria da gente esclarecer a matéria que você fez, porque tem uma inverdade e eu gostaria de colocar às claras,e gostaria que você viesse ao município para a gente esclarecer a situação”. – “É completamente impossível eu ir ao município. O prefeito foi procurado antes da matéria ser feita. A resposta que ele me deu foi só que houve uma discussão verbal. Ainda o indaguei: – Mas prefeito, o senhor quer publicar umanota? Ele me ignorou”. A primeira dama ressaltou o interesse em querer publicar a matéria dizendo” Não meu amor, eu não fui procurada”, que continua. “Você coloca a primeira dama, eu também tenho direito”. “Mas, a senhora não estava presente na reunião”? Perguntei com veemência. – “Sim”, confirmaa primeira dama. “Eu estava presente. Eu não sou a primeira dama. Eu era secretária de Assistência Social, e estou, agora, Secretária de Saúde, estava no local do fato, não teve a situação que a referida moça coloca, e eu gostaria de colocar todos os fatos. O que levou as consequências do grito, o que levou aconsequência do celular no chão, por que ela entrou com o celular para gravar a discussão. O que ela fez na quarta-feira, todos os maus atendimentos que estão gerando muitas desavenças, tudo. Muita coisa está acontecendo… Eu gostaria de ser ouvida”…Tá bom, passei o e-mail à primeira dama e solicitei que ela fizesse uma nota de esclarecimentos e desse a versão dela onde ela é citada. Aproveitando queo clima estava quente, logo perguntei se ela tem o hábito de assediar a servidora e humilhá-la. “Eu nunca vou fazer isso, eu sou servidora pública. Eu jamais vou fazer uma coisa dessa. Eu tenho ética. Além de tudo, eu sou a primeira dama”. Fui mais firme ainda: “Eu espero que a senhora nunca tenha assediado e nem humilhado, pois existe a lei do retorno”.O tempo todo a primeira dama tentou justificar a ação do prefeito para com a servidora, dizendo que a assistente não executa o trabalho como deveria. O jornal questionou a Alessandra se há protocolos com reclamações de usuários, antes do dia das agressões. Mas ela disse que foi feito nesta sexta. “Eu gostaria de tê-la dentro do município para você fazer a matéria, para mostrar a inverdade que está sendo. Eu gostaria que você conversasse com as pessoas que foram mal atendidas na quarta-feira. Eu tenho um áudio que recebi, ontem, de um usuário, um venezuelano, que foi atendido em Pedra Menina, mal atendido que já fez a denúncia ontem”, insistiu a primeira dama.E continuou a primeira dama querendo justificar a grosseria do prefeito, relembrando o fatodele ter passado por cirurgia em janeiro. Nada a ver. “O prefeito operou dia 18 de janeiro, duas safenas e uma mamária. Retornou por ordem médica para poder fazer trabalho de gabinete. Ele teve alta dia 26 de janeiro do “Hospital Evangélico”. Esta menina, no dia 26 de janeiro, começou a mandar mensagem para ele por conta de pó, de um serviço que está sendo feito no CRAS, de uma reforma.Começou a fazer ofensas a ele. Quem tá perseguindo é ela, e não ele…”, disse Alessandra. :Sério”?, tive de perguntar. “Ele tomou as medidas cabíveis, tirou o pó”? Eu não estava brincando com a primeira dama e nem sendo desrespeitosa para com ela. – “Sim, tem uma servidora que faz a limpeza, auxiliar de limpeza geral, dentro do recinto. Hoje o Cras é um dos melhores que tem no ES”. Que ótimo! É com excelência mesmo que se deve servir ao povo que lhes paga os seus salários, pensei. E insistiu: “por isso eu gostaria de tê-la dentro do município para fazer a matéria para mostrar a inverdade. Eu gostaria que você conversasse com as pessoas que foram mal atendidas na quarta-feira. Eu tenho um áudio que eu recebi ontem de um venezuelano que foi atendido em Pedra Menina que já fez a denúncia, ontem. Eu logo rebati. _ “Ele tinha de ter feito o protocolo no dia que a assistente teria feito o mal atendimento? A senhora tem protocolos de reclamações dos usuários da ASSISTÊNCIA, protocolizados, antes do dia das agressões”? “Não, meu bem, eu não o orientei a fazer nada não. Ele fez por conta própria. Eu não tive contato”’. Acostumada já com profissão que, sempre que exponho um político acabo virando alvo, já fui logo dando o meu recado. “Depois do fato se surgirem 50 denúncias contra a servidora, vai ficar suspeito. É preciso ter registros, papeis”, adverti. Se tiver denúncias contra a servidora, antes do dia 02, data que marca o fato, a senhora me manda. Veja bem. As pessoas foram mal atendidas na quarta-feira, mandaram o áudio na quinta-feira…”.E eu perguntei a Alessandra. Mas ela trabalha há quanto tempo? “Mais ou menos há um ano. Ela começou mais ou menos em abril…”E eu pergunti para a primeira dama se a servidora sempre foi uma péssima funcionária. – “Sim, afirma. Tem uma funcionária que sedesvinculou do município por conta dela. Se você quiser o contato eu te mando”. E eu afirmo com ênfase. Não, eu quero o protocolo da ex-servidora que saiu do município. A primeira dama então continua: -“Não, ela foi embora. Ela se desvinculou da prefeitura. E outra coisa. Essa menina não entrou em contato com Jacqueline, ela entrou em contato com a secretaria da Mulher. Logo tive que dizer a senhora primeira dama. Sim, a Jacqueline falou comigo e me enviou nota. “A Secretaria de Estado Extraordinária de Política para Mulheres (SEPM) teve conhecimento do relato de uma servidorada do Município de Dores do Rio Preto, acerca do suposto episódio de violência sofrida durante reunião de trabalho. Rechaçamos qualquer ato de violência contra a mulher e informamos que o caso será acompanhado nas esferas competentes”.Insiste a primeira dama de Dores do Rio Preto em querer me intimidar. “Sim, eu tenho o contato dela e já liguei”.Sem mais delongas eu sugeri à primeira dama que fizesse uma nota de esclarecimentos, caso ela deseje e não perca tempo batendo boca comigo. Aliás, perguntei também se a prefeitura tinha assessoria de imprensa, pois esta função é de jornalista. Eu estou à disposição disse à de Dores. “Quando eu liguei, ele não me atendeu. Quando pedi a nota, ele não mandou”.Pelo visto, a primeira dama está mesmo disposta a processar o jornal. “A primeira dama sou eu e você deveria ter ligado para aprefeitura e pedido meu telefone, antes de ter citado meu nome”.E logo eu retruco. “Mas não foi o prefeito que chutou a mesa? Não é ele o prefeito”? “Mas escuta só, você devia ter ligado pra mim, eu posso processar o jornal, por vocês terem citado o meu nome”. Esqueceu a secretária-primeira dama que ela e o prefeito são pessoas públicas e devem estar preparadas para as críticas e notícias. E não vir querer bater boca e fazer ameaças, porque este tom e este tipo não são tolerados pelo jornal. E eu fui mais enfática, disse que não ia à cidade porque não gosto de teatro com políticos, sei do jogo, e pra cima de mim, não cola. Conheço a lei e sei que a servidora pública a faz cumprir dentro das quatro linhas da constituição. Não está lá porque foi colocada, fez processo seletivo e carimbou a vaga. E não aceita fazer assistencialismo, desobedecendo o que diz a lei. E para finalizar, cabe a Assistência Social emancipar o cidadão, e não os colocá-los dependentes de benefícios, dar a vara para que aprendam a pescar. Pelo que sabemos a população de Dores do Rio Preto é bem pequena e sobra trabalho, principalmente, no campo. Dores é uma cidade que é muito bem assistida, há no CAD uma parte de extrema pobreza pequena. O CAD é autodeclaração e a pessoa declara o que ela quiser declarar. Tem um quadro que é colocado que há extrema pobreza porque a pessoa declarou que não tem renda. Mas há vagas de trabalho e as pessoas não entram porque às vezes o trabalho é pesado, as pessoas não querem trabalhar no final de semana e estas questões são colocadas nos atendimentos da servidora. Ela avisa que há vagas de emprego, e o Cras é para atender pessoas em situação de vulnerabilidade, para não entrarem em situação mais agravada, mas o Cras não faz concessão de benefício mensal para todas as famílias. Acostumaram algumasfamílias a irem em buscar todo mês, a cesta. “Eles chamam a cesta básica de compra, porque eles foram acostumados, neste governo, a receber cesta básica todos os meses. Para isso existe outro tipo de programa para a pessoa que está em extrema vulnerabilidade, que é o programa de alimentação continuada. Só que isso não é do Cras, e quando eu tento explicar o trabalho do Cras, eles não aceitam, porque a secretaria de Assistência é um lugar ótimo para se ganhar a política, só que eu não sou política, eu sou assistente social, eu estou aqui para garantir acesso a direitos. É isso que eu vou fazer, é o meu trabalho”, foi muito clara, a servidora, será por isso, primeira dama, a senhora diz que a servidora atende mal aos usuários? Fui além, disse que teatro para mim é com atores de verdade, políticos têm de servir com excelência à população que paga os salários deles. No mais, pode processar, que a senhora estava mesmo na reunião, e o jornal não mentiu. E a senhora mesma foi quem confirmou que o prefeito chutou a mesa e quebrou o celular. Vamos aguardar a intimação!