Ex-marido confessa que comprou arma para matar a ex-mulher, em Marataízes, e diz que ela o impedia de ver o filho

O ex-marido de Dara contou à Polícia que o relacionamento deles havia acabado há 15 dias, e ela poderia estar com outro, ainda tentou justificar o crime dizendo que ela não o deixava ver o filho.

Dara foi morta pelo ex-companheiro por ele não resepitar o direito dela tentar ser feliz longe dele- Foto/ arquivo

O delegado da Polícia Civil – PC, em Marataízes, Caetano Neto, conversou com a Reportagem do Espírito Santo Notícias e, não confirmou a informação de que o filho de Dara Caroliny Souza Santos, de 27 anos, assassinada na tarde desta quarta-feira, 10, a tiros, na Cidade Nova, em Marataízes, não seria do ex-companheiro, Alcimar da Silva Souza, e que esta revelação teria sido o pivô para ele cometer o feminicídio. Na verdade, ele já tinha a intenção de matá-la, por isso comprou a arma há uma semana.
O delegado frisou que o ex-marido de Dara contou que estavam separados há, aproximadamente, 15 dias, e ela já estaria com outro, o que o deixou enciumado. “Ele disse que o relacionamento deles havia terminado, e ele já havia pensando em fazer o que fez, em matá-la. Ele comprou a arma há uma semana, aproximadamente, e veio especificamente para matá-la, por isso, foi ao encontro dela. Ele disse, o que não justifica, que ela não estava deixando ele ver o filho deles. Que ela estava embaraçando os encontros entre ele e a criança. E depois ele falou que foi meio que por ciúmes, que ela poderia estar com outro relacionamento, depois do termino dos dois. Em relação ao menino não ser filho dele, ele não disse, enfim, foi por ciúmes”.
De acordo com o delegado, Alcimar tem passagens na polícia por tráfico de drogas e tinha alguns registros em relação à violência doméstica contra Dara.

Atentar contra o filho

O comandante da 9ª Cia Ind.; major Nério, também falou com a Reportagem sobre a prisão do ex-marido da Dara, que a matou, em Marataízes, e ressaltou que chegou para a PM, logo após o crime, que Alcimar estava se dirigindo à creche onde o filho estuda, com intuito de atentar contra a vida da criança. “De imediato, eu desloquei duas viaturas, via rádio, para a escola. Chegaram na creche e mantiveram a tranquilidade possível entre os alunos e professores que, no momento, já estavam nervosos, pois a notícia já tinha chegado na escola, de que ele poderia ir para lá. Não houve nenhum incidente dentro da escola, a situação foi normalizada, a Polícia Militar permaneceu por lá e, nestes próximos dias, continuará o trabalho que nós estamos fazendo, não só nesta escola, como em outras, nos quatro municípios da nossa área de atuação, onde nossos policiais estão rotineiramente entrando nas escolas, estando na entrada e saída de alunos, e fazendo o policiamento na redondeza das escolas”, assegurou o major.
Perguntado ao major a importância do videomonitoramento e o trabalho integrado com as forças de segurança, o comandante da 9ª Cia foi enfático: “Essa integração entre Polícia Militar, Polícia Civil, Poder Público Municipal, Guarda Municipal e videomonitoramento é uma das prioridades do nosso comando. Desde o nosso início na 9ª Cia Ind., já se mostrou extremamente benéfica em diversas ações realizadas, conforme o jornal explicitou na pergunta, no homicídio do “Porcão”, em Itaoca, o assassinato na localidade do Limão, em Itapemirim, outros crimes de roubo e furto, como por exemplo, foi furtada uma escavadeira na nossa área, do Norte do Estado foi levada, graças ao videomonitoramento e o trabalho integrado nosso com a Guarda Municipal nós identificamos onde estava esta escavadeira em Pato de Minas / Minas Gerais, e tivemos a informação de que a Polícia de lá, depois de cientificada por nós, fez a apreensão desta máquina furtada aqui, no ES”.
Entre outros benefícios, destacou o comandante Major Nerio, o videomonitoramento tem sido essencial para identificação de veículos irregulares, de indivíduos em fuga após o cometimento de crimes. “O trabalho com a Polícia Civil sempre foi uma prioridade nossa, a parceria, a amizade e a camaradagem entre as nossas corporações, os amigos que temos na PC, e buscamos fortalecer a relação a cada dia. E com relação as ações, é como eu já disse a você, Luciana, às vezes nós não temos a possibilidade de estar de forma onisciente e onipresente em todos os lugares, mas o que nos cabe após o cometimento de um crime, é ação, ação rápida, eficaz, e a busca do restabelecimento da ordem. É isso que nós temos feito. Temos buscado atender todas as demandas e, graças a Deus, temos efetuado diversas prisões em flagrantes após o cometimento de crimes. Após a investigação da Polícia Civil em cumprimento a medidas judiciais como foi ontem na prisão de Willian envolvido em duas tentativas de homicídio, apreensão de armas, apreensão de drogas, o nosso trabalho vai continuar forte, sério, e focado no combate à criminalidade e na resposta que a sociedade precisa sempre que for necessário”.

O crime

Ela dispensou a Patrulha “Maria da Penha”, achava que estava tudo bem, mas
o ex-marido a matou com vários tiros, no rosto, na Cidade Nova, em Marataízes

Dara era acompanhada pela Patrulha “Maria da Penha”, mas nesta segunda-feira, 08, ela disse às policiais que não corria mais perigo, e dispensou o programa. Contudo, o ex-marido acabou assassinando-a, nesta tarde, quando ela se aproximava da porta da casa onde residia. Ele dispensou a arma, mas foi preso em seguida, e o revolver localizado
Mais uma mulher acaba assassinada, a tiros, pelo ex-companheiro. Infelizmente, seguindo o rito da maioria dos feminicídios ocorridos no Espírito Santo, possessividade, e por não aceitar o fim do relacionamento. O feminicídio ocorreu na tarde desta quarta-feira, 10, no bairro Cidade Nova, em Marataízes.
A vítima, Dara Caroliny Souza Santos, 27 anos, foi morta com vários tiros no rosto, na porta da casa onde residia, ela teria ido até o local pegar algumas coisas que precisava. Dara foi atingida e socorrida à UPA de Marataízes, mas acabou morrendo, em seguida.
Informações da Polícia Militar dão conta de que Dara não estava mais com Alcimar da Silva Souza, o homem que, acabou preso, logo em seguida, pela Polícia Civil, enquanto empreendia fuga pelos acessos de dentro da Rua da Bacia, em Marataízes.
Nesta segunda-feira, 08, ela desistiu, segundo a Polícia Militar, do acompanhamento do Programa “Patrulha Maria da Penha”, e acabou morta. “Ela dispensou o nosso programa da ‘Patrulha Maria da Penha’. Segunda-feira ela estava super calma, e falou para as policiais que não precisava mais da Patrulha, e estava tudo bem. As nossas policiais estiveram pessoalmente com ela, e foram informadas que não tinha mais perigo nenhum. Hoje, ela teria ido nesta casa, para buscar umas coisas dela, e acabou sendo morta”, informou a PM.
De acordo com o comandante da 9ª Cia. Ind., Major Nério, tão logo a PM tomou conhecimento do crime, foi montado o cerco, tendo sido o autor preso e arma do crime aprendida, em Operação conjunta com a Polícia Civil e todas as viaturas da PM que participaram do cerco.
O ex-marido tem passagens na polícia por tráfico de drogas. Há informações extraoficiais que Alcimar, após assassinar Dara, teria ido até a creche onde a criança está matriculada, para tentar matá-la, por ter descoberto que o menino não era seu filho. A ocorrência da PM ainda está em andamento, mais detalhes a qualquer momento.

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