Investimentos em tempos de crise nos bancos: estratégias para manter a rentabilidade

Conheça as alternativas para o investidor em meio à incerteza do mercado internacional

Entre as opções estão o Tesouro Selic, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que rendem 100% da taxa CDI ou mais e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) pós-fixadas e atreladas à taxa CDI.

A renda variável reúne produtos financeiros com maior volatilidade, sendo alguns deles mais sensíveis às oscilações da economia internacional. Dentro da modalidade, os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são considerados menos arriscados. 

Os FIIs de papel com rentabilidade atrelada à taxa DI podem ser uma opção para o investidor. No entanto, antes de investir, a Anbima recomenda buscar informações com a gestão do fundo para avaliar o desempenho, as projeções e a estratégia usada.

Uma técnica para proteger o patrimônio financeiro em tempos de crise é investir em dólar. Apesar da volatilidade, há previsibilidade em sua performance e trata-se de uma moeda forte no mercado.

Outro aliado na proteção da carteira é o ouro. Isso porque a sua cotação não sofre impactos diretos de fatores políticos ou econômicos de qualquer país. Neste caso, o investimento pode ser feito pela compra direta ou através dos fundos de índice (ETFs).

Os acontecimentos recentes envolvendo grandes bancos internacionais acenderam o alerta de investidores e quem pretende começar a investir. Apesar de o setor financeiro ser conhecido como um dos mais resilientes do mercado, a possibilidade de uma crise bancária mundial trouxe incerteza sobre os impactos que podem ocorrer nas carteiras de investimento.

Após a falência dos bancos estadunidenses Silicon Valley Bank e Signature Bank, uma das maiores instituições financeiras da Suíça também informou que enfrentava problemas: o Credit Suisse. 

Para evitar um colapso no setor bancário mundial, houve um esforço conjunto dos agentes financeiros, o que culminou na compra do Credit Suisse pelo maior banco suíço, o UBS. Todos os eventos aconteceram em março deste ano.

Dois meses antes, em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a perspectiva de uma recessão global motivada pelas retrações econômicas observadas na China, nos Estados Unidos e na União Europeia. 

De acordo com o FMI, a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, a instabilidade da economia estadunidense com a alta inflacionária e a guerra entre Rússia e Ucrânia seriam os principais fatores para o desenvolvimento de um quadro de recessão global.

Orientação aos investidores

O cenário internacional tem trazido incertezas para os investidores. Afinal, as variações econômicas interferem diretamente no comportamento dos investimentos. Diante disso, é necessário pensar estratégias para mitigar possíveis impactos e riscos de perdas financeiras.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), manter-se bem informado é fundamental para quem já investe ou pretende começar a fazê-lo. 

Neste sentido, além de acompanhar as movimentações da economia nacional e internacional, é preciso estudar os produtos financeiros e suas características para poder reconhecer quais são os mais favoráveis no momento.

Além disso, deve-se conhecer quem é quem no mercado financeiro para saber quais profissionais podem auxiliar o investidor na tomada de decisões. Saber diferenciar o que é agente autonomo, consultor de investimentos, analista financeiro, gestor de fundos, entre outras profissões, também é importante para saber a quem recorrer em cada situação.

Como criar a carteira de investimentos

Diversificar a carteira de investimentos é a principal recomendação da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) como estratégia para proteger o patrimônio financeiro. A diversificação consiste em direcionar recursos para diferentes modalidades e produtos financeiros. 

No momento de turbulência para o cenário internacional, uma das alternativas para o investidor é direcionar os recursos para a renda fixa nacional. A modalidade reúne produtos que têm a rentabilidade atrelada à taxa básica de juros Selic, que segue em patamar elevado, fixada em 13,75% ao ano.

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