“Trechero” é espancado em Anchieta e socorrido ao PA onde se recupera

A primeira informação que o site recebeu é que o homem havia sido espancado e teria falecido. As informações foram desencontradas, mas o jornal confirmou nesta noite com a GM, o pop rua se recupera no PA.

Um dos pedados de pau usado para espancar Kleber – fotos/ divulgação

Pelo menos quatro homens espancaram Kleber da Cruz Alves, 46 anos, natural de Colatina, que vive em situação de rua ou “trecheiro”, em Anchieta. Ele foi encontrado na manhã desta sexta, 30, na Rua Dorvalina Telles (rua do valão) no bairro Alvorada completamente machucado, ao lado dele um pedaço madeira.

A Guarda Municipal de Anchieta foi acionada e compareceu local, acionou o socorro e uma ambulância foi enviada ao local, onde prestou o primeiro atendimento. Em seguida, Kleber foi conduzido ao Pronto Atendimento Médico – PA, onde se recupera, pois não tem residência fixa e vive em situação de rua.

Kleber sofreu diversas escoriações e se recupera no PA

Informações colhidas pela Guarda inicialmente dão conta que Kleber teria sido espancado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas, que estariam se vingando dele por conta dos supostos furtos que teriam sido praticados pela vítima.

Entretanto, catadores de materiais recicláveis de Anchieta contaram a uma GM inicialmente que Kleber havia morrido após ser espancado, mas ele não morreu. Havia moradores filmando que avistaram quatro homens agredindo-o de forma muito violenta, com pedaços de pau que tinha pregos. Os catadores relataram também que Kleber catava material recicláveis e tinha a chave de um local onde eram guardados ferramentas de um pastor e que ele nunca furtou ninguém e nem roubou nada. Possivelmente, ele teria sido espancado por pessoas que também atuam no mesmo ramo. E que, mesmo que o pop rua tivesse furtado, não merecia tamanha covardia. O homem espancado sofreu diversas escoriações no corpo.

Situação de rua ou morador de rua?

Convém ressaltar que, “pessoa em situação de rua” especifica melhor quem dorme em praças, viadutos, pontes e em prédios abandonados. É uma forma mais temporária, sendo que algumas pessoas apenas dormem lá e vão para outros locais durante o dia.

Quando se fala “morador de rua”, se refere a pessoas que vieram habitar as ruas por diversos motivos. O termo traz um certo peso maior, como se fosse a residência permanente desses seres humanos.

Mendigos não se usa para se referir a pessoa em situação de rua

A palavra mendigo vem do latim (mendicus) e sua base (mendum) significa “defeito físico”. Foi um termo usado lá trás para se referir – também com preconceito – às primeiras pessoas em situação de rua, que chegaram a essa condição por serem mutilados de guerra ou terem alguma deficiência física de nascença. Sem oportunidades de emprego, essas pessoas se viam obrigadas a ir às ruas para pedir por itens de necessidade básica para sobreviver.

População cresceu com a pandemia

A população em situação de rua no Brasil cresceu 38% entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 pessoas, segundo pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados foram divulgados em dezembro de 2022.

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