Grande Vitória: Isolamento, pensamentos negativos e vazios existenciais: neuropsicanalista elenca sinais que estão por trás do pensamento suicida

Dayse Costa observa aumento na procura por pacientes durante o mês de setembro todos os anos na Grande Vitória

“O suicídio é o fim do caminho. Por isso, precisamos identificar onde este caminho começa”, sinaliza a neuropsicanalista, especialista em análise comportamental e neurociência Dayse Costa.
 

A terapeuta explica que o suicídio é acumulo de frustrações que não foram tratadas. Frustrações, que segundo ela, se transformam em ansiedade, crise de pânico ou depressão.

“Frustrações que são resultado de conflitos não resolvidos, traumas passados, sentimentos de culpa, desamparo e desesperança”, pontua.

Isolamento, pensamentos negativos, vazios existenciais, ausência de sonhos e metas são alguns dos sinais que o sujeito com pensamento suicida passa a apresentar.

“A pessoa para de ir a festas, dar opiniões, ou até mesmo de falar. Em alguns momentos, o sujeito fala em não se identificar com o mundo ou com as pessoas”, complementa Dayse.


Por fim, a especialista lembra, que o foco da campanha Setembro Amarelo não é no suicídio, mas nos caminhos que levam a ele. Sendo assim, ela reforça o cuidado com os transtornos mentais como depressão, ansiedade e crise de pânico que podem desencadear o suicídio. Ao longo do mês, Dayse assiste um aumento entre 10% a 15% no número de pessoas a procura de atendimento clínico durante o mês de setembro.

Setembro Amarelo em números

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

Depressão, Ansiedade e Crise de Pânico são algumas das doenças que podem levar ao suicídio (Foto: Assessoria)

Dayse Costa – Dayse Costa atuou na área de Enfermagem durante 15 anos e neste período se interessou pela Educação. E foi enquanto pedagoga e enfermeira que a profissional passou a se interessar pela psicofisiologia, cognição e transtornos mentais. Dayse fez pós-graduação em Psicanálise Clínica e se especializou em Análise Comportamental, Neuropsicanálise e Neurociência. Atualmente, Dayse realiza atendimentos clínicos e em empresariais na Grande Vitória a fim de trabalhar saúde mental nas mais diversas esferas sociais.

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