Agrônomo indica formas para atenuar os efeitos do calor e da seca

Profissionais que atuam na agricultura podem adotar algumas medidas para minimizar os efeitos do El Niño, fenômeno que leva o oceano a transferir parte do excesso de calor e de umidade para a atmosfera, o que resulta no clima mais seco e quente vivenciado em diversas regiões do Brasil.

Diante da ameaça de um período de seca, o Governo do Espírito Santo decretou Estado de Atenção, no último dia 21. Para o engenheiro agrônomo Elídio Torezani, diretor da Hydra Irrigações, devem ser intensificadas medidas voltadas para a preservação da água.

Cobertura vegetal

Uma das ações recomendadas pelo especialista para que esse recurso seja usado de forma mais racional na cafeicultura é cobrir as entrelinhas do plantio com vegetação. “O produtor pode implantar seu cultivo mantendo a vegetação existente ou plantar espécies gramíneas de baixo potencial competitivo com a espécie cultivada”.

Essa técnica, segundo Torezani, ameniza muito a temperatura do solo, abriga inimigos naturais de algumas pragas e aumenta a infiltração da água da chuva. O engenheiro também indica que sejam feitos permanentemente ajustes nas estradas internas e nos carreadores para evitar erosões e assoreamento dos cursos d’água.

“O uso de caixas secas e de terraços de contorno são excelentes práticas nessa linha”, afirmou. Segundo Torezani, existem diversas técnicas de uso e conservação de solos, todas bastante conhecidas.

Erosão

Ele explica que, basicamente, esses processos consistem em intervenções mecânicas nas estradas e áreas cultivadas com o objetivo de estabelecer obstáculos para o escorrimento das águas da chuva em grande velocidade: “A erosão do solo ocorre principalmente quando o escorrimento superficial atinge velocidade suficiente para arrastar partículas e desagregar o solo”.

Ainda em relação à cafeicultura, de acordo com Torezani, a prática mais eficaz para o bom uso e conservação do solo é orientar as linhas de plantio em direção às curvas de nível do terreno, em cultivos feitos em áreas acidentadas. “Fazer o plantio sem critérios técnicos, ou seja, morro abaixo, causa erosão do solo e desperdício de água”, explica.

Revisão dos equipamentos

O engenheiro orienta também a revisão e manutenção preventiva dos equipamentos de irrigação, a fim de que seja viabilizada eficiência máxima às operações de rega.

Quanto ao solo, Torezani recomenda duas medidas muito importantes. Uma é o estudo das características do solo sob o ponto de vista hídrico, com o objetivo de conhecer a capacidade de retenção de água e a profundidade efetiva das raízes das plantas.

Além disso, segundo ele, devem ser adotadas estruturas de controle da umidade do solo, pois esse cuidado permite irrigar na quantidade de água exata e no momento mais oportuno. “Sistemas de irrigação bem manejados podem propiciar alta produtividade com consumo de água reduzidíssimo”, ensina.

O engenheiro chama atenção para a responsabilidade coletiva na preservação da água, um bem comum e muito escasso. “O uso racional e controlado desse recurso é obrigação de todos”.

Sobre a Hydra Irrigações – Hydra Irrigações é uma das empresas detentoras da tecnologia mais avançada no segmento em nível nacional. Pioneira na aplicação de conhecimento e de técnicas para priorizar a economia de água na irrigação no País, a empresa, com sede em Linhares (ES), tem experiência de quase três décadas de atuação e pesquisa para associar em seus projetos critérios agronômicos rigorosos a equipamentos de ponta. O objetivo é promover alta performance de todos os recursos, considerando as necessidades e especificidades de cada cliente.

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