Professora do Filomena Quitiba carimba segundo lugar no Prêmio Boas Práticas na Educação do ES
A solenidade teve a participação do governador do Estado, Renato Casagrande, que falou sobre a importância da premiação.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), anunciou, nesta quarta-feira (06), os vencedores do “Prêmio Sedu: Boas Práticas na Educação”, em cerimônia realizada no Centro de Convenções de Vitória. Foram premiados os 1º, 2º e 3º lugares nas categorias “Boas Práticas da Gestão Escolar” e “Boas Práticas para a Sala de Aula”. Os vencedores receberam certificados e troféus, além de uma premiação em dinheiro – a novidade da edição deste ano.
De Piúma, a professora Adriana Thiago, que trabalha na Escola Estadual Professora Filomena Quitiba carimbou o 2º lugar. Foi a única professora da Superintendência Regional de Educação de Vila Velha a ser finalista e trazer o prêmio para Piúma. Recebeu um prêmio em dinheiro de R$ 9.600.00 e um troféu chiquérrimo, além de um certificado.
“O evento foi emocionante! Muita adrenalina! Quando ouvia os nomes, do último lugar até o 1°, meu coração foi acelerando. É muito gratificante ver o esforço e o trabalho do ano letivo reconhecido. Receber o prêmio foi uma injeção de ânimo incrível. Estou sem palavras para expressar a alegria e a gratidão. Ser professora é mais do que uma profissão, é um compromisso com a construção do futuro”, ressaltou Adriana Tiago Lopes, professora de Artes que desenvolveu o Projeto Cores da Igualdade: revelando histórias e cultura através dos cabelos afro na arte – “Meu cabelo, Minha coroa”
Como ex-aluna da Filomena Quitiba, Adriana destacou que sente um orgulho imenso por lecionar na escola que ama de paixão. “É uma realização incrível poder contribuir para a mesma instituição que moldou parte importante da minha jornada acadêmica e a qual me inspirou a ser uma professora. E não posso me esquecer de agradecer a toda equipe que contribuiu para que essa realização fosse possível. Alegria não cabe no peito”.
A ideia do Projeto, segundo a professora, surgiu após o desabafo pessoal de uma aluna insatisfeita com sua aparência, em especial com o cabelo, o qual ela achava feio e queria torná-lo liso por meio de química. O que não era aprovado por sua mãe.
A professora durante o relato buscou inspirar a aluna citando o nome de mulheres pretas de sucesso e que atuavam como ativistas na mídia como: Tais Araújo, Sheron Menezes, Viola Davis, Oprah Winfrey, etc. “Entretanto, esse não é meu lugar de fala, por conta disso fiquei pensando em como poderia transformar a autoimagem dessa e de tantas outras alunas pretas que não tiveram coragem de desabafar, mas que sofrem, às vezes caladas, ao se olharem no espelho”, ressaltou Adriana.