ARTIGO: Fim de ano…novos projetos para 2024
*por Jussimar Almeida
O ano de 2023 se vai. É natural que desejemos um 2024 diferente e por isso novos planos virão a nossa mente. Quem não fez exercício, pretende começar o ano se exercitando, quem engordou, diz que irá emagrecer, aquele que não entrou na faculdade faz planos para cursar uma Universidade. Desse modo os planos serão muitos e muitos. Uma coisa posso afirmar para vocês a aprendizagem não ocorre de modo isolado. A aprendizagem é a única que nos proporciona novos comportamentos e novas aprendizagens.
Sempre aprendemos que existem muitas doenças que são genéticas, ou seja, passam de pais para filhos. Hoje com os avanços da medicina, sabemos que a coisa não é bem desse modo. É aí que entra a EPIGENETICA. As doenças que são adquiridas pelos filhos como herança genética, atingem somente 15% da população. Resta saber então como os outros 85% conseguem se estabelecer na prole. Ocorre que além da genética, precisamos conhecer a epigenética. É aí que entra o os novos comportamentos e as novas aprendizagens. Por esse motivo, já escrevi um artigo falando da importância da Epigenética, e agora volto a focalizar o mesmo tema na esperança que o ensino possa permitir que as pessoas introduzam novos valores em suas vidas e iniciem um novo 2024 com propósitos vencedores.
E o que significa EPIGENETICA? Tal palavra baseia-se no fato de que existem funções em nosso organismo que estão acima da genética. Significa também que existem doenças que podem surgir nos filhos ou mesmo nos netos, que os pais ou os avós possuem, mas que somente são transmitidas aos filhos através de informações que ficam marcadas nos filhos, porém não são genéticas. O mais interessante disso é que marcas epigenéticas ficam registradas em nossos genes através de reações químicas e a mais comum é chamada de metilação. Em se tratando de reações químicas a nível de genoma (conjunto de genes) tais marcas podem ser apagadas, exacerbadas, ou até mesmo bloqueadas temporariamente. Também pela epigenética, fica explicado que uma pessoa submetida a estresse muito significativo irá provocar um processo inflamatório em todo o seu corpo e que esse processo inflamatório poderá influenciar em uma série de doenças que apresentamos. Por isso é importante conhecer tais situações que nos levam à doenças, a fim de que possamos evitar ficarmos doentes.
A medicina está evoluindo para fazer diagnósticos de doenças, com muita velocidade. Hoje já existe uma tal de biópsia líquida que ao invés de procurar um tumor em nosso organismo, pega-se um pouco de sangue e ali iremos encontrar, por exemplo, os indicativos de um tumor de mama, um tumor de pulmão, ou um tumor de intestino, ainda muito pequeno e iniciar o tratamento o mais cedo possível curando o tumor.
Por outro lado, também já passamos a saber que o próprio indivíduo poderá determinar em sua vida uma série de doenças em função do seu estilo de vida. Aquelas pessoas que possuem um estilo de vida desregrada possivelmente estão informando continuamente aos seus genes à proposta de vida desregrada que ela leva. Se nosso corpo possui 50 trilhões de células, todas as nossas células vão receber informação através de uma substância chamada cortisol, que será produzida em excesso no organismo. Esse cortisol produzido em função do estresse entra em todas as células de nosso corpo e produz inflamação Nesses casos tratar os fatores estressante, quase sempre ligados à esfera mental, torna-se necessário. É evidente que o cliente se espanta e diz, mas eu não preciso de tratar minha mente…o que tenho é diabetes, hipertensão, gastrite etc.
O conhecimento da medicina moderna aponta que doenças como, ansiedade, angústia, Alzheimer, psicoses, hipertensão, diabetes, depressão, suicídios, e uma enorme quantidade de outras doenças, estão diretamente ligadas a EPIGENÉTICA, e que a abordagem e tratamento dessas doenças devem ser feitas examinando os fatores estressantes e os processos inflamatórios que ocorrem nos indivíduos. Desse modo a medicina do futuro (mas que já deve ser aplicada em 2024), está aí na nossa porta. O que os governos devem começar urgentemente a programar é um modo da pessoa não adoecer, e não, pensar em fazer bons serviços para tratar doentes. Pergunto ao estimado leitor qual seria melhor? Você receber conhecimentos para permanecer saudável, ou, ficar doente e ir buscar tratamento.
Assim sendo, o nosso comportamento em relação ao mundo externo e ao mundo interno, ou seja, com quem nos relacionamos e como nos alimentamos e o que bebemos e respiramos, podem trazer enormes prejuízos ou enormes satisfações, resultando em autonomia quando exerço o controle de tais as situações. Sob esta ótica é que surge esse novo olhar de como os governos devem orientar programas de ensino para novos estilos de vida e que devem iniciar com o aprendizado das crianças nas escolas, passando pelas gestantes e pelos adultos a fim de que a saúde e não a doença seja o nosso objetivo.
A nível terapêutico temos a escuta acolhedora, o viver o aqui e agora, o acolhimento sem julgamento, práticas de meditação, técnicas pragmáticas, exercícios físicos, entre outros devem fazer parte dos atendimentos em unidades de saúde e para isto os profissionais devem ser qualificados novamente. Diversos artigos citam a correlação entre medicina integrativa e alteração da expressão genética por via epigenética dentre as quais: a Aromaterapia, Acupuntura, Tai Chi Chuan, Terapias Bioenergéticas, Ioga, Massagens, Meditação, Fitoterapia, Suplementação vitamínica, entre outras, associadas a Análise Transacional cuja técnica de novos comportamentos afetivos na relação de equipes de saúde e população atendida devem ser implantadas.
Muita coisa pode ser implantada pelos governos em benefício da população, porém é necessário que os futuros candidatos tenham conhecimentos suficientes para implementarem programas de educação, saúde, assistência social, lazer, turismo, esporte, cultura e muito mais, porém revestidos de programas fortes e competentes para que o cidadão possa viver numa cidade saudável. Novo ano, novas escolhas….feliz 2024.
*Jussimar Almeida e articulista do Jornal