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Delegada revela detalhes do comportamento doentio do ex-namorado de Íris. Ele ficava com o celular dela e respondia as mensagens, a monitorava o tempo todo

Durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, a delegada que responde pela Delegacia da Polícia Civil de Alfredo Chaves, Maria da Glória Pessoti detalhou como era o comportamento do ex-namorado da enfermeira assassinada, grávida de 8 meses. Ele a controlava durante todo o tempo.

A Polícia Civil reuniu a imprensa na tarde desta quinta-feira, 18, após prender o vigilante, principal suspeito do cruel assassinato da enfermeira Íris Rocha de Souza e contou detalhes sobre o relacionamento de Cleilson Santana dos Santos com a vítima, que estava grávida.

A titular da Delegacia de Alfredo Chaves, delegada Maria da Glória Pessotti ressaltou que o vigilante controlava a vida da enfermeira, sempre aguardando do lado de fora do trabalho dela e também ficava com o celular, respondendo mensagens por ela.

“Ele passava 24 horas por dia monitorando a vítima. Ela estava em um relacionamento muito abusivo. Ele controlava toda a vida dela, de passar várias horas por dia do lado de fora do trabalho dela na Ufes. O telefone dela ficava com ele, que respondia as mensagem que ela recebia. Ela era controlada por ele”, afirma a delegada.

Maria da Glória relatou ainda que Íris vinha sofrendo agressões físicas. Conforme levantamento feito pela Polícia Civil, ela só usava roupa de manga comprida e, às vezes, aparecia com o rosto machucado.

Ouvi informalmente várias pessoas e todas falaram a mesma coisa: que ele controlava ela e que ela vivia um relacionamento abusivo

Maria da Glória Pessotti – delegada de Alfredo Chaves

Afirmou a delegada também que Iris e Cleilton voltaram a ter contato mesmo depois do pedido de medida protetiva feito pela enfermeira, após ter sido agredida por ele em outubro. De acordo com Pessotti, a reaproximação teria ocorrido, provavelmente, por causa da gravidez – a vítima estava no oitavo mês de gestação quando foi assassinada.

Relacionamento abusivo

“O relacionamento era muito ruim e eles faziam de tudo para esconder. A família diz que ela não estava com ele. Mas, pelo levantamento que fiz, ela continuava tendo contato com ele. Tanto que no dia (10 de janeiro) entrou no veículo dele”, disse a delegada, informando que câmeras de videomonitoramento registraram o momento em que Íris entrou no carro de Cleilton, próximo ao campus de Maruípe da Ufes, onde ela trabalhava.

Agressões

No dia 5 de outubro de 2023, Íris registrou um boletim de ocorrência relatando que havia sofrido agressão do então namorado, Cleilton, preso nesta quinta-feira (18). À época, eles estavam juntos havia cinco meses, e a enfermeira estava grávida de 15 semanas. Ela relatou que os dois estavam conversando quando levou um golpe de “mata-leão” dele e desmaiou.

Quando recuperou os sentidos, ela disse que estava com o nariz sangrando e tossindo. O próprio agressor teria dado banho na enfermeira, que depois foi trabalhar. Ao contar o que aconteceu para uma colega, Íris foi incentivada a registrar o boletim de ocorrência. Na ocasião, ela solicitou medida protetiva.

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