PCES desarticula esquema de furto de veículos em operação especial
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), através da Divisão Especializada de Furto e Roubo de Veículos (DFRV), anunciou na tarde desta quinta-feira (20) os resultados de uma operação realizada na última terça-feira (18). A ação, que visava desarticular um esquema criminoso envolvendo furto mediante fraude, transporte ilegal de veículos para países vizinhos da América do Sul e falsa comunicação de crime, teve como alvo locadoras de veículos automotores.
Durante a operação, os agentes realizaram buscas em residências nos bairros Muquiçaba e Santa Mônica, em Guarapari. A ação resultou na apreensão de diversos itens relevantes para a investigação, incluindo aparelhos celulares, notebooks, cartões de crédito, cheques, máquinas de cartão de crédito, uma arma de fogo calibre 380, munições e documentos variados.
Em coletiva de imprensa realizada hoje às 14h30 na Chefatura de Polícia Civil, foram apresentados mais detalhes sobre a operação e o andamento das investigações.
Coletiva de Imprensa
A coletiva contou com a presença do delegado-geral adjunto da Polícia Civil, José Lopes; o chefe da DFRV, delegado Marcos Aurélio Oliveira; a adjunta da DFRV, delegada Ana Eliza Marrara; e o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, delegado Luiz Gustavo Ximenes.
O delegado Luiz Gustavo Ximenes destacou que a investigação começou em 17 de novembro de 2023 e que os suspeitos, moradores de Guarapari, agiam alugando veículos automotores de locadoras, forjando o roubo ou furto dos mesmos poucos dias depois e posteriormente realizando uma falsa comunicação de crime. Esses veículos eram então enviados para países vizinhos, especialmente a Bolívia.
“A operação permitiu apreender diversos itens que comprovam a prática de estelionato, incluindo máquinas de cartões de crédito e documentos que serão analisados por peritos. Conseguimos também prender um dos suspeitos em flagrante, enquanto o outro ainda está foragido. Continuamos as investigações para localizar o segundo suspeito e identificar outros veículos que possam ter sido enviados para fora do país”, afirmou Ximenes.
O esquema envolvia a utilização de identidades falsas e a comunicação falsa de crimes em estados diferentes do local de origem dos veículos, dificultando o rastreamento e permitindo que os veículos fossem transportados para fora do país. A operação também identificou que os suspeitos estavam envolvidos na comercialização de peças de veículos no mercado negro.
Os suspeitos responderão por furto qualificado mediante fraude, concurso de pessoas, falsa comunicação de crime, posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de munição de uso restrito. As investigações continuarão para aprofundar a rede criminosa e identificar todos os envolvidos.