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ABUSO: briga de bar acaba em assassinato de um inocente e 4 tentativas de homicídio. Os 3 criminosos foram presos e viraram réus

Gabriela é a mente perigosa que arquiteta o crime e detalha como quer que a vítima morra, Thiago namora com ela, e João Vitor, a vítima, não era o alvo.

O ser humano tem se mostrado cada vez mais frio e covarde, sem limite para a crueldade. Três jovens, 19, 21 e 26 anos acabaram presos, pelo assassinato de João Vitor de Souza, 19 anos e quatro tentativas de homicídio, na madrugada do dia 16 de abril, no bairro Nova Carapina 2, na Serra.

Cinco meses depois, os três foram presos pelo mesmo crime pela Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra. No dia do crime os suspeitos atiraram na direção do carro em que a vítima estava e, outras quatro pessoas que estavam no interior do Corsa foram baleadas.

De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, na manhã desta terça, 21, durante coletiva de imprensa, os criminosos premeditaram o crime um dia após a briga no bar, em Nova Carapina 2, na Serra, contudo, deu errado e quem acabou morrendo foi o jovem João Vitor, que só tinha pegado uma carona e não tinha relação com a desavença, não tinha também antecedentes criminais.

O delegado Rodrigo detalhou aos jornalistas, as circunstâncias do crime. Thiago Marques Gomes, 21, estava no bar, em Nova Carapina, no dia 15 de abril e, depois de beber bastante, colocou o pé em cima da mesa, onde estava sentada a filha da dona do estabelecimento, este foi o estopim para o ataque a tiros, no dia seguinte, que culminou no assassinato de João Vitor Costa de Souza, 19 anos.  “Fato que incomodou não só a menina, como também outros indivíduos que se encontravam no local, que partiram para cima do Thiago o agredindo com chutes e socos. Por este motivo, no dia posterior, como forma de vingança, o Thiago, Patrick e a Gabriela cometeram esse crime”, explicou o delegado.

Gabriela Moura Sfalsin, de 19 anos, Thiago Marques Gomes, 21, e Patrick das Neves Vulpi Soares, 26, foram presos acusados do crime.

Conforme vídeo de câmeras, os suspeitos teriam atirado na direção do carro onde estava a vítima — que não era o alvo. Outras quatro pessoas, que estavam no interior do veículo, também foram baleadas.

Na hora da confusão, Patrick não estava no bar, porém, participou do ataque, é o segundo que aparece no vídeo atirando. Ele e Thiago foram os executores, segundo o delegado que investigou o crime. Já Gabriela, foi quem avisou a eles que os alvos estavam no local.

Gabriela, fria, namorada de Thiago

Gabriela avisa, assiste o crime e permanece no local até a chegada do rabecão

Segundo o delegado, Thiago e Patrick chegaram ao local a pé, uma distância de uns 850 metros de onde estavam, levaram cerca de 10 minutos. Neste momento, Thiago avistou os alvos dentro do veículo branco, modelo Corsa, e começou a efetuar os disparos, seguido por Patrick. Dos cinco que estavam dentro do carro, dois deles eram os alvos. Quatro conseguiram correr e foram atingidos de raspão.

“São três presos, a mulher que está no vídeo está vestida de laranja. Ela se mostra inerte a chegada dos executores, no momento dos disparos, quando todos correm, ela para na frente do veículo, se abaixa e permanece até a chegada da perícia, do rabecão, porque ela tinha certeza que os executores não voltariam no local. Ela é a Gabriela, namorada do Thiago, foi quem avisou o Thiago e o amigo dele sobre a presença das vítimas no local do crime. No começo do vídeo, dois indivíduos chegam ao local do crime a pé, o que está de bermuda é o Thiago e o que está de calça é o Patrick. Após a chegada dos dois executores ao local, o veículo Corsa, onde se encontravam cinco pessoas no seu interior, ele para na calçada para verificar o que está acontecendo, foi neste momento, que o Thiago, que está de bermuda e é o primeiro que atira identifica o alvo pretendido dele, que era quem estava dirigindo o veículo e começa efetuar disparos e arma de fogo contra o veículo sendo seguido pelo Patrick que também efetua vários disparos”, detalhou o delegado.     

Não era o alvo

João Vitor não era o alvo – fotos: SESP

João Vitor Costa de Sousa, de 19 anos, que estava sentado no banco de trás no meio, não tinha nada a ver com a confusão do dia anterior, acabou sendo assassinado. O delegado disse que João Vitor havia saído para lanchar e pegou uma carona com as outras vítimas no dia do ataque. João Vitor não tinha antecedentes criminais. 

São cruéis

Thiago é o primeiro que atira

Gabriela e Thiago fazem uma dupla criminosa perfeita, são frios e não temem a nada. Os dois são namorados. O delegado solicitou a quebra do sigilo telefônico dos criminosos e pode traçar o perfil do casal.

Patrick também participou do crime, segundo o delegado

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi, 19 dias após o crime, Thiago e Gabriela cometeram furtos em uma distribuidora, no bairro Cidade Pomar, também na Serra, e traficantes pegaram o suspeito e o agrediram. Motivo para que ambos planejassem matar aqueles que agrediram Thiago e também o dono da distribuidora.

“A frieza da Gabriela é demonstrada em diversos áudios colhidos na investigação em conversa com o Thiago, onde ela demonstra a premeditação de crimes e incitação à violência. É aparente o prazer na morte dos seus desafetos mediante tortura”, comentou delegado Rodrigo Sandi Mori.

“_Quando eu tomo ódio de alguém, o que tiver no meu alcance, vai estragar a vida da pessoa. Vai desgraçar com meio mundo, eu vou fazer. Eu planejo bem feito, bem feito, vou planejar mesmo, eu falei, eu não aceito, nunca que eu vou aceitar o que eles fizeram. Eles chegaram aqui na maior falsidade. Eu nem tô tentando tirar este ódio do meu coração”.

Thiago chega rir, na mensagem de texto a Gabriela. “Gostou da noite criminosa do pai aqui”…

Mensagens entre Gabriela e Thiago

Destacou Rodrigo Sandi, delegado chefe da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra que o que surpreende no depoimento de Gabriela é que ela é fria, calma, e não demonstra arrependimento. “Ela mente em várias partes do seu depoimento, cai em contradição. Ela foi a cabeça desse crime. Foi ela quem indicou o Thiago”, frisou.

Gabriela cheia de ódio

Thiago, Patrick e Gabriel foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima e por quádrupla tentativa de homicídio também, por conta das quatro pessoas que se encontravam no interior do veículo que foram atingidas pelos disparos, mesmo de raspão. Eles já são réus em ação penal e o Ministério Público já ofereceu denúncia à Justiça.

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