“Agronegócio está puxando a economia brasileira”, afirma especialista econômico
A segunda edição do Ibef Hour de 2023 trouxe para o debate o cenário econômico nacional do país. Para falar sobre o tema, presença de nomes importantes de grandes instituições financeiras: Arilton Teixeira, economista Chefe da Apex; Silvio Grillo, diretor de Relações com Investidores e de Finanças do Banestes; e Nailson Dalla Bernardina, diretor-executivo do Sicoob Central ES. O destaque do evento, que reuniu mais 60 pessoas, foi o arcabouço fiscal, taxas de juros e o agronegócio.
O presidente do Ibef Academy, Cristiano Stein, agradeceu a presença da diretoria e dos mantenedores, além de destacar o trabalho dos organizadores do evento e a presença dos participantes.
“Percebemos que há muitos interessados no Ibef Academy e ficamos muito satisfeitos. Vale lembrar que Academy é um ciclo de formação, com foco em conteúdo de finanças e economia e tem o objetivo de melhorar os ambientes de negócios, econômico e financeiro do Estado, por meio da capacitação técnica de seus. Vamos seguir com nosso trabalho e contamos com vocês”.
Os mediadores Caique Guerra e Rodrigo Bausen, membros Ibef Academy, abriram o encontro apresentando o tema do evento que foi “Economia em foco – Uma abordagem prática sobre as primeiras impressões da agenda econômica do atual governo e as expectativas para os próximos anos”.
Caique citou as turbulências pelo qual o país passou – pandemia, Selic, entre outros – e convidou Arilton Teixeira a falar sobre o assunto.
Na análise de Arilton, o arcabouço fiscal, que é uma das medidas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, é frágil. “Ele é incapaz de eliminar o endividamento, incentiva o governo a taxar, por exemplo. O país está crescendo e o que fez isso acontecer é o agronegócio, esse setor está puxando a economia brasileira”.
Ainda segundo Arilton, esse ano há a possibilidade da Bolsa de Valores melhorar, mas a partir do ano que vem, os riscos que estão na pauta, vão gerar prejuízos fiscais.
Para Silvio Grillo o arcabouço pode ser ruim, mas não é o fim do mundo. “Tenho grande preocupação com os gastos do governo e reduzir o deficit público é fundamental”.
Na visão de Nailson Dalla Bernardina, o mercado se recalibrou em relação à atuação do governo e que as medidas tomadas nem sempre são bem-vindas a todos os segmentos. “Penso que o governo errou no formato das taxas de juros. Dessa forma, prever receitas futuras que dependem de muitas definições do congresso é complicado. O ano de 2024 ainda não tem como vislumbrar, mas sabemos que é um país muito resiliente”.