ALES: Frente da Diabetes põe glicosímetros entregues na rede pública à prova
A pedido da Associação de Diabéticos do Espírito Santo e Amigos (Adies), o presidente da Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, deputado Fabrício Gandini (Cidadania), vai ouvir as entidades, a Sesa e o Ministério Público sobre a eficiência do aparelho utilizado para medir os níveis de glicose no sangue
“Podemos confiar nos glicosímetros entregues na rede pública?”. Com essa interrogação, a Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento de Diabetes, presidida pelo deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), realiza sua reunião na próxima quinta-feira (28), às 14h, no plenário Rui Barbosa, na Assembleia Legislativa.
O glicosímetro é um aparelho usado para medir os níveis de glicose no sangue, sendo principalmente utilizado por pessoas que possuem diabetes do tipo 1 e 2, já que permite saber quais os níveis de açúcar ao logo do dia, sendo útil no diagnóstico de hipo e hiperglicemia, além de ser importante para verificar a eficácia do tratamento contra a diabetes.
“Os glicosímetros estão causando muitos problemas aqui no Estado e também em todo o País. Já foi pedida a substituição imediata deste equipamento em vários estados. E nós queremos o mesmo aqui no Espírito Santo. O objetivo é debatermos e apresentarmos os dados, que reprovam os glicosímetros em diversas localidades. Vamos apontar todos esses laudos”, declarou a coordenadora da Associação de Diabéticos do ES, Lorena Bucher.
Vão participar: Alexandre Loyola, presidente da Associação de Diabéticos do Espírito Santo e Amigos (Adies); a presidente da seccional capixaba da Sociedade Brasileira de Diabetes, a endocrinologista Juliana Peixoto; o secretário de Estado da Saúde, Miguel Neto; e a promotora de Justiça Inês Taddei.
Também foram convidados os secretários da Saúde de Vitória, Magda Lamborghini; de Vila Velha, Cátia Lisboa; da Serra, Benício Santos; e de Cariacica, César Colnago; além de vereadores e deputados estaduais.
No Espírito Santo, 10% ou 250 mil pessoas têm diabetes. A informação é do subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, Tadeu Marino. Em 2021, pelo menos 214 mil morreram por complicações da doença no Brasil.
Os números são um sinal de alerta para uma doença crônica e silenciosa, que pode atacar os rins, o coração e a visão ou até mesmo levar à morte.
FRENTE
Para garantir melhor qualidade de vida para os diabéticos, Gandini criou, por meio do Ato 1.245, de 24 de abril, a Frente Parlamentar para Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, que tem como objetivo debater as ações de acompanhamento e implementação de políticas públicas que promovam a prevenção da doença e assistência integral à pessoa com diabetes.
Gandini, que descobriu com 37 anos ser portador da doença, garantiu que vai fazer a interlocução entre o poder público e as entidades porque há uma necessidade grande de formação para lidar com o diabetes.
“Não temos o número de especialistas suficientes. Então, é preciso dar formação para os que não são especialistas, mas que atendem na rede básica. Vou discutir com o governo do Estado o que pode ser melhorado no que se refere à falta de medicamentos, principalmente em apoio às crianças. As agulhas ainda são muito grossas! Isso tudo será discutido com a participação do Ministério Público, para que as compras sejam adequadas”, informou.