Amanhã senta no banco dos réus, no Fórum de Piúma, o motorista que causou a morte da jovem Natália de Jabaquara
Natália Ramalhete estava de moto quando foi atingida por um carro. Segundo testemunhas, o motorista fugiu do local. Amanhã, o motorista será julgado. A família pede justiça.
Natália Ramalhete dos Santos, era uma jovem brincalhona, cheia de vida, recém formada em direito, por onde passava deixava sua alegria, adorava jogar futebol, se tinha uma coisa que a deixava brava, era injustiça, ajudava quem estava à sua volta e quem não estava também, tinha um coração que não cabia no peito, sempre viveu a vida com muita alegria, amiga pra qualquer hora.
Sua vida foi interrompida na noite do dia 13 de setembro de 2020, devido uma imprudência de um indivíduo alcoolizado, que nem teve a coragem de prestar socorro, foi até ela com outra pessoa que também estava no carro, a olhou no chão e voltou para fugir do local.
A família de Natália acredita que, quem se envolve em um acidente e sabe que está certo, não foge, presta socorro à vítima, “ela não teve chance de viver, esperamos que o culpado seja condenado, queremos justiça, nada vai trazer Natália de volta, mas o sentimento de justiça tem que ser feito”.
Nesta terça-feira, 19, ocorre a audiência de instrução e julgamento do acusado às 13h30, no Fórum de Piúma. Senta no banco dos réus o motorista acusado de ter causado o acidente que tirou a vida de Natália. A família quer justiça, somente.
A mãe de Natália, a auxiliar de serviços gerais, Luciana Ramalhete dos Santos, 49 anos, residente em Anchieta pede justiça. Ela conta que o veículo que a matou estava estacionado em frente a uma distribuidora de bebidas, em cima da ciclovia. “Ele fez uma conversão perigosa e atingiu a minha filha que estava em uma moto. Ela foi socorrida, mas infelizmente foi a óbito, em Vitória. Peço encarecidamente que a justiça dos homens seja feita, que este crime não fique impune, para não acontecer com outras pessoas. Eu peço justiça, em nome de Jesus”, pediu Luciana.
A madrinha de Natália, a auxiliar administrativo Carla Alessandra Jarreta, 31 anos, também clama por justiça. “A gente espera que a justiça dos homens seja feita. Nada vai trazer ela de volta. Quem dera se a trouxesse. Natália era formada em direito, um dos sonhos dela era lutar pela justiça. Nós acreditamos que fazendo justiça, outras vítimas serão poupadas. Uma vez que, quando se bebe e assume o volante, assume-se o risco, e ele assumiu este risco, tirou a vida de uma jovem cheia de saúde, cheia de planos, cheia de sonhos, tirou o brilho de uma família toda. Hoje, nós vivemos com esta saudade diária. Tudo que fazemos é pensando nela, se ela estivesse junto. Ela era alegria, ela queria todo mundo junto, era uma menina fantástica. Só nos resta clamar por justiça, porque era isso que ela faria pela gente. Fica aqui o nosso apelo ao juiz que dê a sentença máxima, que faça realmente a justiça prevalecer e acontecer”.
O acidente
Uma jovem de 24 anos morreu após ser atropelada por um carro em Piúma, no Sul do Espírito Santo. O acidente aconteceu na noite do dia 13 de setembro de 2020 quando. Natália Ramalhete dos Santos foi atingida pelo veículo enquanto estava de moto.
Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que, por volta das 21h, um carro surge em uma rua lateral e invade a pista da Avenida Isaías Sherrer, a principal do balneário, atingindo a moto de Natália.
Com o impacto da batida, a jovem foi arremessada da moto.
Natália chegou a ser socorrida e levada para um hospital da Grande Vitória, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Militar informou que, ao chegar ao local, a equipe se deparou com o carro abandonado. Testemunhas disseram que o condutor fugiu.
O carro foi levado para a Delegacia de Piúma.