Bolsonaro elege a Educação como inimiga

É óbvio que o Brasil está em crise. Ela começou ainda em 2014, quando a elite brasileira, associada à classe média, decidiu que a Presidente Dilma deveria deixar o governo por bem ou por mal.

O serviço sujo ficou por conta de Eduardo Cunha, então Presidente da Câmara dos Deputados, e do Congresso Nacional, que passou a rejeitar todo e qualquer projeto que Dilma mandava a fim de acertar a Economia. Além disso, foram fartas as aprovações das temidas “pautas-bombas” direcionadas a aumentar despesas, prejudicar o país e desconstruir a imagem da Presidente.

O Impeachment, sem crime de responsabilidade, inventado por motivo político, foi só a cereja do bolo de… problemas no qual enfiaram o país.

Quando começaram com o cerco a Dilma, o desemprego estava em queda histórica. O Brasil tinha apenas 4,8% de desempregados em dezembro de 2014 e, em dezembro de 2015, alcançamos a menor taxa de desemprego da história: 4,3%. O difícil era encontrar Empregada Doméstica e Pedreiro para contratar. Os que não estavam empregados estavam na Universidade, estudando de graça pelo Prouni ou pelo FIES.

 

Todo mundo comprava e todo mundo vendia.

 

Agora, depois do vendaval que tirou a Dilma e o PT do poder, pois “era só tirar a Dilma e o PT que tudo melhorava”, tivemos um maremoto no governo do Michel Temer e já há sinais evidentes de que um belo de um tsunami caminha para varrer as esperanças de retomada do crescimento do Brasil. Só de desempregados já temos 13%. E subindo.

Com um milhão de pessoas na Avenida Paulista colocando medo no povo em relação ao futuro, o povo parou de comprar. E, se o povo não compra, ninguém consegue vender. E, se ninguém vende, o Empresário diminui a produção. E, se diminui a produção, o Empresário demite. Aí o desemprego se alastra.

A impressão que tenho é que exageraram na dose da farsa criada para derrubar a Dilma e o PT, e quebraram o país.

Para piorar, elegeram um governo que optou pelo Capitalismo Financeiro, escolheu ficar à mercê do Mercado Financeiro, de DNA especulativo, ao invés de fortalecer o Capitalismo Produtivo, que Dilma, queira ou não, fomentava com suas políticas públicas de crédito, construção de moradias e incentivos ao consumo.

Explicado isso e constatado que estamos em crise por conta de uma série de decisões mal-intencionadas e burras, vamos à Educação!

Todos os países do mundo, que enfrentaram crises parecidas com a nossa, saíram delas através da Educação. Pois, Bolsonaro acaba de fazer justamente o contrário.

O Ministério da Educação resolveu cortar 30% das dotações orçamentárias anuais de três Universidades Federais do país: UFBA (Bahia), UFF (Fluminense-RJ) e UnB (Brasília). Perguntado sobre as razões do corte, o Ministro disse que “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.”

Acontece que as três Universidades Federais estão entre as melhores do mundo. Mas tendem a perder qualidade a partir das decisões absurdas desse governo.

Criticado, o governo, ao invés de recuar nos cortes, resolveu ampliá-los para todas as Universidades e Institutos Federais do país.

Mas, mexer com Estudantes e Professores é mexer em vespeiro… A reação já começou. Há protestos nas Universidades e Institutos Federais por todo o país. Não tardarão a ganhar adesões dos demais atores da sociedade civil.

No dia 06 de maio de 2019, Estudantes, pais e Professores de colégios federais do Rio de Janeiro realizaram uma grande manifestação em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro (Veja na Internet: https://glo.bo/2V38JCf). Lá, o Presidente Jair Bolsonaro participava das comemorações pelos 130 anos da instituição.

Aquilo que os maus governantes mais temem começa a assombrar Jair Bolsonaro: Estudantes e Professores protestando na rua.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos!

 

Joaquim Neiva é Jornalista e Gestor de Marketing Digital e Mídias Sociais na Empresa Fazejamento Digital. (WhatsApp: 28 98814-6228)

 

 

Compartilhe nas redes sociais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *