Brasil rebaixado de tudo e que Deus nos acuda

Tenho 54 anos de idade. 39 deles acompanhando as subidas e descidas de inúmeros personagens no palco iluminado da Política brasileira.

Por conta de um livro que estou escrevendo, e deverei lançar em breve, também acompanhei, nos últimos quatro anos, a Campanha Eleitoral que levou Donald Trump à Presidência da República dos Estados Unidos da América, em 2016, e o mantém no poder até o momento em que escrevo este artigo. Mas isso é outra história.

Como o leitor já pode ter percebido, minha militância política começou junto com meu interesse pelo assunto, mais ou menos aos 15 anos de idade.

Pois bem… Em toda a minha vida confesso que nunca vi um caos tão inacreditável quanto este que vemos hoje no governo do Presidente Jair Messias Bolsonaro.

Digo inacreditável porque ninguém, nem o adversário mais ferrenho dele, poderia prever que seu início de governo pudesse vir a ser tão assustadoramente caótico como está sendo.

Algum desavisado, que vivesse em outro país (ou planeta), poderia concluir que a oposição é tão competente, que não estaria dando chances de o governo emplacar.

Competente até que a oposição é, mas, não é por causa dela que Bolsonaro começou tão ineditamente mal.

A oposição formal assiste hoje à queda do governo Bolsonaro de camarote, sem precisar mover uma única palha para atiçar a fogueira de vaidades e incompetências que, aos poucos, vai derretendo o governo.

O maior opositor de Bolsonaro é o próprio Bolsonaro.

A culpa da crescente impopularidade do governo, em tempo recorde, é dele, de seus filhos e da “milícia digital”, que foi como o Jornalista da Globonews, Octávio Guedes, chamou os bolsonaristas que ficam o dia inteiro nas redes sociais atacando quem ouse criticar Bolsonaro.

Mas essa “milícia”, tanto digital, quanto física, já dá sinais de que está em processo acelerado de extinção.

A última Pesquisa do Ibope (https://glo.bo/2CuqXWN), divulgada no dia 20 de março de 2019, mostrou que o governo Bolsonaro perdeu 15 pontos percentuais de aprovação em 60 dias.

Segundo a Pesquisa, Bolsonaro perdeu três de cada dez apoiadores do seu governo em apenas dois meses. Os 49% que consideravam sua administração boa ou ótima em janeiro, caíram para 39% em fevereiro e hoje são apenas 34%; 24% acham o governo ruim ou péssimo; 34% veem o governo como regular e 8% não sabem ou não quiseram responder.

Se o governo vai mal, a imagem do Presidente não fica intacta. A confiança nele, que 62% dos entrevistados de janeiro diziam ter, caiu 13% em março, hoje, apenas 49% ainda confiam nele. Os que não confiavam eram 30%, agora são 44%.

Decididamente não é um bom início de mandato. Na verdade, é o pior início de primeiro mandato presidencial desde 1995.

E a resposta de Bolsonaro, diante das tragédias diárias que o governo tem gerado, é fazer cara de paisagem.

No dia da crise causada pelo Ministro Paulo Guedes, que desmarcou uma ida à Câmara para falar sobre a Reforma da Previdência, Bolsonaro tirou a manhã para ir ao cinema de um shopping de Brasília com a Primeira Dama, Michelle Bolsonaro. Tipo: “Tô nem aí!”

O resultando dessa negligência foi aprovação relâmpago, naquele mesmo dia, pelo plenário da Câmara, com mais de 400 votos, de uma emenda constitucional tornando as emendas de bancada obrigatórias e aumentando o percentual destinado a elas de 0,6% para 1% da receita corrente líquida do ano anterior. Essa medida aumenta gastos e eleva o engessamento do Orçamento Federal para 97%.

Desastroso. Não há outra palavra para denominar o governo do Presidente Jair Bolsonaro. E olha que ainda faltam 3 anos e 9 meses dessa doideira ilógica, sem inteligência estratégica e loteada por burros ideológicos amadores e prepotentes.

Oremos!

 

*Joaquim Neiva é Jornalista, Nexialista, Facilitador de Grupos e Gestor de Marketing Digital e Mídias Sociais.

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