Câmara de Piúma abre CPI para investigar a cesta básica da Assistência Social

Por unanimidade, os 11 vereadores da Câmara de Piúma votaram favorável à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, para investigar a compra das cestas básicas.

Os 11 vereadores de Piúma aprovaram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, na noite desta quarta-feira, 05, no plenário da Câmara Municipal, com objetivo de investigar a compra das cestas básicas, realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
De acordo com a vereadora Fernanda Taylor (Solidariedade), a Comissão será montada na próxima segunda-feira, 10, quando os vereadores irão se reunir.
Perguntada como ela vê a criação de uma CPI, a vereadora disse estar muito tranquila. “Estou satisfeita e muito tranquila porque esse é o nosso papel, e foi muito bacana ter sido aberta por unanimidade. A gente tem de cumprir o nosso dever, fazer o que tem que ser feito, investigar e, se tiver alguma coisa errada, tomar as providências, se não tiver, também, tem que saber o que está acontecendo”.
Para a vereadora, há indícios, embora não tenha certeza de que a mesma empresa que forneceu as cestas com o pó de café proibido, fora recontratada. “Há um comentário de que ela entregou mais cestas. A gente tem que ver, por isso é importante abrir esta CPI, a termos acesso a toda documentação, porque o vereador José Carlos falou que, quando ele solicitou a cópia da nota fiscal, foi negada, agora a gente vai ter acesso a toda documentação”, disse.
Por outro lado, o vereador Fabricio Taylor acredita que a CPI não vai dar em nada. “Ficou definido eu, Fernanda e Danielzinho. Na primeira reunião será definido o presidente, relator e secretário”.
Perguntado o que pensa da CPI, Fabrício foi enfático. “Não vai dar nada. A empresa assumiu a culpa, a sua matéria deixou claro. Eu me coloquei na comissão, mas nós vamos virar piada, uma CPI que não vai dar em nada. A empresa afirmou que não usava o tal café, mas como ela tinha 300 pacotes?”, disse.

“Vamos encarar de frente, não temos nada a temer”


Procurada a secretária de Assistência Social para falar do assunto, Jacqueline Surrage disse que, quando as cestas chegaram, no dia 07 de março, a equipe estava envolvida em uma Conferência, e que, quando o vereador foi à secretaria, no dia 09, a empresa estava fazendo a troca do café e do biscoito.

Segundo a secretária, o contrato prevê que são cinco dias para fazer a conferência do material, e o vereador chegou no dia 09, ainda dentro do prazo.
A secretária ressaltou que a orientação da Procuradoria Jurídica é para que ela não se manifeste, pois o café solicitado é o “Grão da Roça”, não foi o que a empresa enviou.
Jacqueline defende a tese de que os vereadores “batem nela” porque ela fala para os usuários que eles não precisam de vereador, eles precisam ter direitos. Em tempo, ela assegurou que não é política, é uma servidora pública que luta e acredita em um serviço público de qualidade, na escola, como pedagoga, como professora ou como diretora. “De todas as formas, eu sou uma servidora pública que agradeço o emprego que tenho e faço valer cada centavo do meu trabalho. Vamos encarar de frente, não temos nada a esconder, eu tenho um monte de vídeos da montagem das cestas, não é aquele café. Deus dá a vitória, eu creio muito na vitória porque o mal não pode ganhar o bem”, salientou.

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