Candidata a vereadora pretende propor Lei Seu Chico e reabertura da biblioteca para fortalecer a cultura em Piúma

Luciana defende o fortalecimento da cultura municipal com a criação da Lei Seu Chico e a reativação de projetos culturais tradicionais.

A candidata à vereadora de Piúma, Luciana Máximo (PSB), anunciou que pretende apresentar uma proposta de criação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Arte e Literatura, chamada Lei Seu Chico. A medida visa preservar as tradições culturais da cidade e incentivar o desenvolvimento de jovens talentos, com foco na inclusão de crianças e adolescentes nas artes. Luciana também defende a reabertura da biblioteca municipal e a revitalização da Banda Otávio Freire, além de fortalecer editais de apoio aos artistas locais.

Luciana Máximo

Para Luciana, a cultura é a identidade de um povo, e ela acredita que Piúma tem deixado suas tradições e manifestações culturais de lado. “Não podemos aceitar o desaparecimento das Pastorinhas, o enfraquecimento do Jongo ou que nossas lendas sejam lembradas apenas durante o carnaval ou na Festa do Folclore”, afirma.

A proposta da Lei Seu Chico, que homenageia o músico Francisco Femandes, conhecido como Seu Chico, falecido em 19 de novembro de 2021, pretende oferecer oportunidades para que crianças e adolescentes aprendam a tocar instrumentos e se envolvam com a música e outras formas de arte. Natural do Rio de Janeiro, Seu Chico foi professor de música desde 1974 e, em 1994, fundou o Parque das Artes e Promoções Artísticas (PAPA), uma ONG dedicada ao ensino de música para jovens. Seu Chico acreditava que a música é um meio poderoso de inclusão e aprendizado, e sua ONG deixou um legado de formação musical em Piúma.

Luciana também destaca a importância de se criar um calendário cultural fixo para a Semana da Consciência Negra, em parceria com o Instituto de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra + Diversidade (Fepnes), organização da qual faz parte.

Outro ponto crítico levantado por Luciana é a falta de infraestrutura cultural em Piúma, com a ausência de um centro cultural, teatro ou Museu das Conchas, além do fechamento da biblioteca municipal devido à extinção do cargo de bibliotecário no quadro de funcionários da prefeitura. “Nossa biblioteca está fechada e os livros esquecidos. Precisamos reverter essa situação com a contratação de um bibliotecário formado”, reforça a candidata.

Luciana ainda destaca a importância de fortalecer os editais municipais de incentivo à cultura, adequando o modelo da Lei Rubem Braga, de Cachoeiro de Itapemirim, para a realidade de Piúma. A revitalização da Banda Otávio Freire também está no centro de suas propostas, visando garantir a contratação de um maestro para que a banda possa voltar a se apresentar nos eventos da cidade.

A título de exemplo, Luciana relembra o videoclipe “Manifesto,” gravado em Piúma, próximo ao Hospital, que foi produzido com recursos próprios e pouquíssimo apoio. Com a participação de artistas amadores e a poesia abrindo o clipe, a produção contou majoritariamente com membros do Instituto de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra + Diversidade (Fepnes). “Piúma tem fazedores de cultura que precisam de visibilidade e apoio,” ressalta a candidata.

Como escritora, poeta, professora e jornalista, Luciana afirma que sempre será uma voz ativa da cultura onde estiver, e, na Câmara, essa será uma de suas principais bandeiras. Ela reforça que sua proposta de Lei Seu Chico não pretende gerar custos adicionais ao município, mas sim utilizar editais e parcerias para incentivar e valorizar os artistas locais. “Piúma só tem a Festa dos Pescadores, a Festa do Folclore da Educação e o Carnaval. Não tem mais nada, mas tem muitos talentos que precisam de espaço,” conclui Luciana, comprometida em ser a porta-voz dos artistas na Câmara Municipal.

A candidata conclui afirmando que suas propostas serão um marco no incentivo à produção cultural, preservando as tradições e criando oportunidades para que a arte e a cultura de Piúma possam se desenvolver com o apoio necessário.

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