Cantora Lunna Caiado se apresenta no Teatro Rubem Braga
Em entrevista, a artista cachoeirense, radicada no RJ, também fala de sua amizade com grandes nomes da MPB
Radicada no Rio de Janeiro há 17 anos, a cantora e compositora cachoeirense Lunna Caiado subirá pela primeira vez ao palco do Teatro Municipal Rubem Braga, nesta sexta-feira (23).
Agendado para as 20h30, o show – que tem classificação livre e integra a programação da Festa de Cachoeiro deste ano – terá as participações dos artistas locais Arnoldo Silva, Duda Felippe e Marquinhos Macedo. As entradas custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Ao longo de uma hora e meia, será apresentado o repertório de seu novo álbum, “Festejar” (assinado por Ricardo Leão, produtor da TV Globo), que tem canções próprias e, também, de Carlos Colla, Macau e Cecelo Fronny e, ainda, sucessos de nomes conceituados da música brasileira, como Roberto Carlos, Beto Guedes e Tibério Gaspar.
Falecido no último mês de fevereiro, Gaspar foi amigo e guru da artista cachoeirense. Autor de “Sá Marina” (com Antonio Adolfo), eternizada na voz de Wilson Simonal, Tibério foi quem idealizou o CD de estreia de Lunna, “Gema Carioca”.
Em breve entrevista à prefeitura, a cantora e compositora, que já está na cidade, fala de sua amizade com o consagrado compositor e de sua convivência com outras figuras da MPB, como Moraes Moreira, João de Aquino (irmão de Baden Powell), João Bosco, Sandra de Sá e Da Ghama (ex-Cidade Negra), além de sua expectativa para o show em sua terra natal. Confira:
Lunna, de que maneira a convivência com músicos da importância de Moraes Moreira, João Bosco, João de Aquino e Tibério Gaspar influenciou e influencia tua carreira artística?
Conheci Moraes Moreira e João Bosco na gravadora Biscoito Fino, no Rio de Janeiro, e depois fiquei sabendo que todos nós éramos vizinhos na Gávea. Começamos, então, a marcar encontros na padaria, às manhãs de sábado, e lá também iam outros cantores e compositores para fazer parte da mesa. Depois, fui com Moraes a alguns shows dele, e também com João Bosco às suas apresentações, e nos tornamos verdadeiros amigos, até hoje. Já João de Aquino, eu conheci através de Durval Ferreira, que foi um grande compositor da bossa nova. João me apresentou a muitas pessoas. Hoje, quem representa Durval Ferreira é sua filha Amanda Bravo, que é uma das sócias do Beco das Garrafas, onde faço muitos shows. João de Aquino, então, começou a dirigir os meus shows no Mistura Fina, Hipódromo Up na época, no Vinicius Bar, em Ipanema, e em outros shows maiores. Sandra de Sá é outra grande amiga, a quem conheci ao participar de um grupo de músicos criado por ela, o “Baculejo da de Sá”. Foi lá, também, que conheci Da Ghama, de quem me tornei parceira musical. No show do Teatro Rubem Braga, vou até apresentar um reggae que fizemos recentemente. Quanto a Tibério Gaspar, eu o conheci no Vinicius Bar. Passamos a andar muito juntos, nos tornando grandes amigos. Eu até o trouxe a Cachoeiro, em 2014, para passar comigo o Natal e Réveillon. Tibério ajudou bastante em minha carreira, me deu música para colocar no meu primeiro CD, me levou a shows nacionais para conhecer cantores e grandes músicos, alguns dos quais estão comigo até hoje, na minha banda.
De certa forma, Lunna, você é uma cachoeirense ausente que, após se destacar no Rio de Janeiro, retorna à terra natal como uma das atrações da festa oficial da cidade. O que isso representa para você?
Para mim, esse momento será muito importante. Já estavam me pedindo há uns três anos para fazer show aqui. Resolvi que agora estava na hora de me apresentar pela primeira vez em Cachoeiro de Itapemirim, por ser minha terra natal. Faço muitos shows no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e outras cidades, mas Cachoeiro será especial, por ter aqui a minha família, meus amigos de infância e alguns que conheci depois. Por isso, estou ansiosa, até porque meu show faz parte do calendário da festa da cidade.