Conto infantil africano é tema de apresentação no Sônia Cabral nesta sexta-feira (7)
Após estreia encantadora, a companhia teatral Mais um ponto mais um conto se prepara para apresentar Calunga: A princesa que virou boneca nos palcos da Casa da Música Sônia Cabral. O espetáculo que busca inspirar crianças de todas as idades, acontecerá nesta 7 de junho, a partir das 15 horas, com entrada gratuita.
Com diferentes linguagens artísticas como a oralidade, dramatização, dança, bonecos, projeções e músicas, a Mais um ponto mais um conto pretende mostrar de forma leve e lúdica a história da boneca Calunga e da Casaca.
“A estreia em Guaçuí nos permitiu enxergar a grandiosidade deste projeto. Nós precisamos fomentar cada vez mais as histórias que celebrem os vínculos entre Brasil e África. Com Calunga, descobrimos que há muito mais nesta relação, principalmente para os capixabas. De maneira lúdica, queremos que o congo, a casaca e a aventura de Calunga se costurem com o imaginário infantil”, afirma Eliane Correia, dramaturga do espetáculo.
O público de Vitória poderá se surpreender com a história dessa princesa destemida, cuja jornada a leva a descobrir o verdadeiro significado da coragem, amizade e amor através da tradição oral e como utilizar seus dons para coisas boas. Até que algo inesperado acontece e para cumprir sua missão ela é transformada em boneca.
Cultura e Resistência
Calunga: A princesa que virou boneca, enaltece a conexão ancestral entre brasileiros e africanos. No Brasil, Calunga é uma figura presente nos elementos da cultura popular afro-brasileira, com conexão direta entre o Maracatu, festejado na região nordeste brasileira, e vem se associar ao Congo capixaba através da Lenda da Casaca, que aqui também é contada.
Eliane explica que a história evidencia a realidade de incontáveis crianças que foram separadas de suas famílias no período escravocrata e vieram trazidas para o Brasil ou deixadas abandonadas na África. “A partir da nossa pesquisa histórica, através de depoimentos, da dança, musicalidade e ludicidade, queremos recontar Calunga para despertar o pertencimento cultural e validar histórias de luta, resistência e vitórias também de crianças pretas. Promovendo o protagonismo infantil diante de suas raízes ancestrais. Este espetáculo é uma celebração da imaginação, da amizade e da bravura, e mal podemos esperar para compartilhar essa história emocionante com crianças e famílias de todas as idades.”
Sobre as inspirações do projeto
Calunga: A Princesa que virou boneca é uma produção inédita, desenvolvida para valorizar a igualdade da cultura afro-brasileira sob a perspectiva de um olhar do próprio negro, a valorização do Griô e o reconhecimento do seu fazer enquanto multiplicadores da cultura de um povo. Colocando a história, leitura e a literatura negra em destaque como uma das bases fundamentais para a construção de sociedade cultural.
O espetáculo é um projeto viabilizado por meio de Incentivo da Lei Paulo Gustavo, Seleção de Projetos Culturais das Infâncias, da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado do Espírito Santo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Serviço
Calunga: A princesa que virou boneca
Local: Casa da Música Sônia Cabral
Horário: 15hs
Data: 7 de junho
Entrada Franca
Acessibilidade
O projeto disponibilizará um intérprete de libras para tradução simultânea e fones bloqueadores de ruídos para que pessoas autistas possam assistir de maneira confortável e óculos para portadores de hipersensibilidade visual, proporcionando assim a acessibilidade, para que haja equidade no acesso aos bens culturais.