Corpo possivelmente do motorista de aplicativo Cleber Lopes é encontrado na Serra
Após oito dias de angústia para a família, um corpo, que pode ser do motorista de aplicativo Cleber Sales Lopes, de 44 anos, foi localizado em um matagal na Rodovia do Contorno, no município da Serra, Espírito Santo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e envolve quatro suspeitos, incluindo dois menores de idade.
O desaparecimento de Cleber ocorreu no dia 18 de novembro, quando ele saiu para trabalhar em Vitória. A mãe do motorista, que costumava monitorar o filho pelo WhatsApp, percebeu a ausência de comunicação nas primeiras horas do dia seguinte, o que levou a família a registrar um boletim de ocorrência.
O caso avançou na última segunda-feira (25), quando uma adolescente de 17 anos confessou envolvimento no crime e indicou à polícia o local onde o corpo foi abandonado. Segundo o depoimento, ela, seu irmão de 14 anos, o namorado e uma amiga planejaram o assalto. Durante uma corrida contratada por aplicativo, o namorado teria rendido Cleber e o levado até o matagal, onde o motorista foi assassinado a facadas.
O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, dificultando sua identificação imediata. Peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Vitória estão analisando a arcada dentária da vítima para confirmar se realmente se trata de Cleber.
Veículo e prisões
O Toyota Corolla utilizado por Cleber foi encontrado no dia 21 de novembro no bairro Jaburu, em Vitória, com dois ocupantes: um jovem de 21 anos, que tinha um mandado de prisão em aberto, e um adolescente. O veículo foi interceptado pela Polícia Militar após ser detectado por um cerco eletrônico. Dentro do carro, os agentes localizaram drogas e uma pequena quantia em dinheiro.
Os suspeitos foram encaminhados às autoridades. O jovem com mandado em aberto foi levado ao sistema prisional, enquanto o adolescente foi liberado para os familiares por falta de provas suficientes no momento da abordagem.
Família busca respostas
Desde o desaparecimento, a família de Cleber vive uma espera dolorosa por notícias. Segundo Pedro Luiz Barone, irmão da vítima, o motorista tinha como rotina trabalhar à noite e manter contato com a mãe. O sumiço, somado à descoberta de que o veículo estava em poder de terceiros, aumentou a preocupação dos familiares.
Embora parte dos suspeitos já tenha sido identificada e o corpo tenha sido localizado, a Polícia Civil segue investigando o caso. A corporação afirmou que novas informações serão divulgadas oportunamente.