COVID-19: Consumo de Pescados na Semana Santa não representa risco à população
A Semana Santa é tradicionalmente o principal período de consumo de pescados no Brasil. No Espírito Santo, que tem mais de 400 km de costa e grande diversidade de peixes e crustáceos, a iguaria mais tradicional nessa época do ano é a torta capixaba, feita a base de frutos do mar.
Entretanto, a atual pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) tem gerado muitas dúvidas e incertezas da sociedade sobre eventuais riscos de infecção pelo vírus a partir do consumo de pescados.
A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Espírito Santo esclarece que não há evidências ou casos que relacionem a doença com o consumo de nenhum alimento, incluindo os pescados.
“Assim como os demais vírus, o novo Coronavírus não tem capacidade para se multiplicar em nenhum produto alimentício e é eliminado a altas temperaturas, como as que são usadas em peixes cozidos ou fritos”, explicou o superintendente do Ministério da Agricultura no Espírito Santo, Aureliano Nogueira da Costa.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG) acrescenta que a atividade pesqueira e a venda de pescados, assim como a de demais alimentos, não têm nenhuma restrição diferente.
“Nesse momento todos nós devemos adotar as medidas de prevenção conforme orientam os serviços de saúde. É importante evitar, durante a comercialização, aglomeração de pessoas nos estabelecimentos. Também se fazem necessárias medidas como a demarcação de distanciamento de pessoas nas filas de pagamento e a higienização das máquinas eletrônicas, bem como manter as práticas de limpeza das mãos com água, sabão e álcool 70%, tanto pelos comerciantes, quanto pelos consumidores antes do preparo e do consumo. Além de fazer o descarte das sacolas que forem utilizadas para transporte dos produtos”, ressaltou o secretário de Agricultura, Paulo Foletto.
Foletto ainda destacou a importância de apoiar o setor pesqueiro. “A pesca artesanal é importante para as famílias que vivem nas comunidades litorâneas, pois além de ser uma atividade que gera emprego, também proporciona alimentos ricos em proteína para a população”, disse.
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) alerta quanto à importância do consumo somente de alimentos devidamente inspecionados. No caso do pescado fresco, observe o armazenamento adequado, a refrigeração e as características do produto (cores vívidas, escamas firmes, olhos brilhantes).
Todo produto de origem animal deve, obrigatoriamente, ter registro do serviço de inspeção oficial, que pode ser municipal (SIM), estadual (SIE ou Siapp) ou federal (SIF). Ao adquirir qualquer alimento processado, o consumidor deve ficar atento quanto à presença do carimbo – rótulo – do serviço de inspeção nas embalagens.
Mercado do Peixe Ceasa
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