Cris: a rainha do peroá em Ubu
Restaurante “Cheguei, Cheguei” faz sucesso em Ubu e Cristiane, a proprietária promete que será a Rainha do Peroá. Ela que começou a trabalhar aos 10 anos vendendo cocada
Enquanto grande parte dos quiosques de frente para as praias insistem “em meter a mão no cliente” chegando a comercializar um peroá frito até R$80.00, em Ubu, na linda Prainha da Sereia, o Cheguei Cheguei está comercializando a R$12.00. Na verdade, é um peroá, uma saladinha e farofa. A ideia é se tornar no balneário a Rainha do Peroá.
Neste especial de Verão você vai conhecer a história de Cristiani Milagre, de 39 anos, moradora de Mãe-Bá, em Anchieta.
A simpática empreendedora anchietense começou a trabalhar aos 10 anos de idade, quando sua mãe se separou do pai, ficando com o irmão com nove, sem casa própria, morando na casa do avô. A vida não dá mole e Cris, a mãe e o irmão começaram a vender cocada na Praia do Morro, em Guarapari em busca de sobrevivência. Logo, compraram um terreno e construíram uma casa. Cristiane casou, mas continuou vendendo cocadas.
Em 2012 resolveu mudar de atividade e foi vender picolé na praia, de uma marca que na época não vendia em Ubu. Nos primeiros dias, conta Cris, chegou um pouco tímida, mas em pouco tempo já vendia um carrinho cheio de picolés.
Cris pensou em um bordão para chamar a atenção dos clientes, então começou a gritar, “cheguei, cheguei…”, e aos poucos começou a brincadeira em que até cantava a música da cantora Ludmila, e com isso a clientela só foi aumentado. “Tia Cris chegou…”.
Oito anos se passaram vendendo picolé na Praia de Ubu, até que com muita dificuldade juntou R$ 5 mil para realizar um antigo sonho de montar um restaurante. “O sonho de montar o restaurante surgiu quando os meus clientes sempre me perguntavam onde tinha um restaurante self service? Como em Ubu não tinha, coloquei na minha cabeça que iria abrir um, e com um precinho bacana, porque o meu foco é vender e vender na quantidade, com preço bom e produto de qualidade”, contou Cristiani.
“Daí pensei…quero ser a rainha do peroá”, acrescentou sorrindo.
Cristiani afirma com otimismo que emprega seis pessoas, sendo uma cozinheira, uma saladeira, uma para despachar os petiscos na praia e três no salão. No carnaval deve aumentar a oferta de emprego, visto a grande demanda. “Meus clientes do picolé estão todos vindo me prestigiar”, reforça Cris.