Descontentamento no ninho

O texto é de opinião, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

O ninho está desfeito, e, agora parece que não tem mais jeito. Eles se juntaram há muito tempo e faziam parte do mesmo grupo. Estavam na mesma árvore, comiam os mesmos frutos. Dividiam segredos, prosas e acordos. Beberam, compartilharam sonhos, realizações, momentos de muita euforia, vitórias e pódios. Porém, o aconchego e o calor do ninho não acolhem mais a todos, todas e todes. Acolhe um de uma forma mais próxima, e os outros, estão soltos nos galhos, à deriva no barco que parece ter perdido o leme. Como dizem os mais antigos, ‘desandou’. Edinho é D +, e era um fiel escudeiro dos Petris, foram mais de 30 anos juntos. Ele rompeu e, num discurso de 15 minutos na Tribuna da Casa de Leis, desabafou. Falou verdades e aliviou o peito. Ele assegura que o grupo é grande e tem muita gente apoiando a atitude dele, de não corroborar com a escolha que fizeram para disputar a eleição em 2024. Está em transição, buscando um novo caminho na política, com apoio de muita gente do grupo Petri. Para ele, a condução do processo de sucessão não está sendo bem feita, e, logo causa descontentamento e dissidentes. Não estou falando da novela das 9h, “Terra e Paixão”. Está mais para a paixão pela Terra do Santo José de Anchieta. O correto num processo onde tantos colaboraram, juntos, e com nomes tão bons no mesmo grupo, é fazer pesquisas para escolher o candidato; entretanto, quebraram as regras, compartilhamentos de matérias sobre a pré-candidatura de Léo Português. O aparente preferido do Petri. “Antecipado o processo, eu reagi, e muitas pessoas do grupo, também. No momento estou dialogando com todos os projetos políticos existentes no município. Muito mais para um projeto alternativo, obviamente, sem vaidade e sem rancor”. É D + não teme em afirmar que, se Fabrício fosse candidato, ele não hesitaria em apoiar, contudo, outro nome; teria que ter mais história do que ele, no grupo. “Então fica entendido assim: rompi para a eleição de 2024 com um pequeno grupo que forçou uma candidatura de goela abaixo. Respeito a decisão, mas tenho direito de não acompanhar. Nada pessoal contra o escolhido, apenas não concordei com o “modus operandis”. Descumpriram um acordo. De certa forma, eu disse que mudaria 90% do Secretariado e das Gerências, dando oportunidade a outros que nunca ocuparam tais espaços, daí começou a minha fritura dentro do clã, e, vou seguir a minha vida sem rancor”. E Renato Lorencini, PSB, como Léo Português, membro do mesmo clã? E Tereza, vereadora de tantos mandatos, também acolhida no mesmo ninho, socialista do partido do Governador. Hum, será que o voto contrário no Orçamento já era o prenúncio de que tudo já estava desandado? Parece que no clã que Edinho esteve por tantas décadas, estava também o vice de Fabrício, Carlos Waldir, por dois mandatos. Dizem que, no interior, ele comanda a preferência, como o candidato da oposição, Marquinhos Assad, está vivíssimo! E se com raiva da quebra do acordo, todos se juntarem à oposição, com Geovani Meneghelli, Dalva da Mata, Renan Delfino, e trouxerem os insatisfeitos do clã Petri? Outros nomes também estão no cenário para a disputa, Luiz Mattos é um deles, e pode ser a terceira via. Se Léo não for aprovado na pesquisa e for empurrado goela abaixo, como diz Edinho, a oposição cresce, o vice pode aparecer mais, quem sabe?! E Marquinhos, com os que caíram do ninho, pode ensaiar um novo acordo e voltar ao poder.  A Política em Anchieta está só começando, o PSB tem três nomes, mas o preferido para suceder ao Fabrício, já queimou a largada. Agora, é partir para as pesquisas, ou, deixa o barco seguir com os tripulantes à deriva, e seja o que Deus quiser!

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