Desembargador nega Habeas Corpus preventivo a suspeito de mandar matar vereador em Presidente Kennedy

Gilbert Wagner Antunes Lopes, conhecido como Waguinho Balman, continua foragido enquanto Justiça nega pedido para evitar sua prisão preventiva

Em decisão tomada na tarde da última segunda-feira (17), o desembargador Marcos Valls Feu Rosa, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, indeferiu o pedido de liminar em Habeas Corpus preventivo impetrado em favor de Gilbert Wagner Antunes Lopes, conhecido como Waguinho Balman. Lopes é acusado de ter ordenado o assassinato do vereador Marcos Augusto Costalonga, o Marquinhos da Cooperativa (PL), ocorrido em 2021.

Wagner, que segue foragido, teve a prisão preventiva decretada pela Vara Única da Comarca de Presidente Kennedy. Em seu pedido, a defesa de Wagner, representada pelo advogado Carlos Antônio Tavares, alegou constrangimento ilegal devido à falta de contemporaneidade, ausência de fundamentação concreta, insuficiência de provas e falta de formalização de denúncia. A defesa pleiteou a revogação da prisão preventiva antes mesmo de sua eventual captura, propondo a substituição da segregação por outras medidas cautelares.

Parte do documento de negação do Habeas Corpus

No entanto, o desembargador Marcos Valls Feu Rosa, ao analisar os requisitos do periculum in mora e fumus boni iuris, concluiu que não havia elementos que justificassem a concessão da liminar. Ele ressaltou que a prisão preventiva de Waguinho está embasada nos requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal, que incluem a prova da materialidade e indícios de autoria, bem como o risco à ordem pública.

Além de Balman, outros envolvidos no assassinato do vereador, incluindo Douglas da Silva Nunes (Guigo), Pedro Romão Baptista, Rafael Miranda Louzada (Gardenal), e o intermediário Elan Martins (Elan Tatuador), estão presos e foram denunciados pelo Ministério Público Estadual.

O crime ocorreu em 28 de maio de 2021, na localidade de Leonel, zona rural de Presidente Kennedy, onde Marquinhos da Cooperativa foi assassinado. Durante a investigação, foram descobertos vários outros crimes conexos, incluindo homicídios, roubos e fraudes, o que reforçou a necessidade de manutenção da prisão preventiva para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.

A decisão do desembargador enfatizou que, apesar de a prisão preventiva ser uma medida extrema, ela é necessária no caso de Wagner Antunes devido à gravidade dos crimes e à repercussão do caso. Ele, que tem uma extensa ficha criminal, foi acusado de envolvimento em diversos crimes na região, incluindo homicídios no sul do estado.

Gilbert Wagner Antunes Lopes, que se apresenta como empresário com contratos em várias prefeituras da região, continua foragido, e a Justiça prossegue na busca pela sua captura.

Relembre o caso: Em 2021, o então vice-presidente da Câmara de Presidente Kennedy, Marquinhos da Cooperativa, foi brutalmente assassinado, gerando comoção e um senso de impunidade na região. A investigação apontou Lopes como o mandante do crime, motivado por disputas e desavenças locais. Os demais acusados, já presos, aguardam julgamento.

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