Dia dos Museus: uma data carregada de simbolismos
Por Isa Colli, jornalista e escritora @isacolli_oficial – Foto: Museubrasil.org
Para quem gosta de cultura como eu, esse mês tem uma data muito especial: o Dia Internacional dos Museus. A celebração foi criada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), em 1977, para valorizar esses espaços tão ricos em memória, que guardam e preservam histórias e muitas relíquias.
Desde a criação da data, muitos museus realizam, ao longo de maio, eventos e atividades para estreitar laços com seus visitantes. Com a pandemia, no entanto, essa tradição migrou do formato presencial para o virtual, trazendo desafios na forma de se comunicar com o público.
Este ano, com a Covid-19 controlada na maioria dos países, e as populações vacinadas, os museus têm anunciado programações presenciais bem animadas.
Em meio a este cenário, não há como não lembrar do Museu Nacional, que foi destruído por um incêndio em 2018. A direção do museu e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pela instituição, tentam alcançar a verba necessária para a restauração do palácio, que tem reabertura prevista para 2026.
Este ano, o público poderá voltar a visitar parte do museu. Somente estará disponível o Jardim das Princesas. Mesmo que parcial, a expectativa para reabertura é imensa. E até que esse dia chegue, o jeito será viver de memórias. Eu mesma lancei um livro – Incêndio no Museu – em que resgato todo o histórico e importância deste espaço.
A obra literária pode ser uma forma de alertar para a prevenção dos patrimônios históricos. Para as crianças que não conheceram o museu, eu trago um pouco das riquezas daquele local e, ao mesmo tempo, chamo a atenção para a necessidade de cuidarmos dos nossos bens culturais. Afinal, como diz o professor, dramaturgo e diretor Renato Carrera, “sem valorização da cultura não há sociedade, construção de pensamento e reflexão”.