Dia Nacional da Mulher Negra | Por políticas públicas no combate ao racismo e por representatividade
Luciana Santos é professora, servidora pública efetiva do município de Vila Velha, escritora, colunista, ativista cultural, proponentedo Coeltivo Tresa de Benguela de Escritoras Pretas Capixabas e fundadora da Academia de Letras da Diversidade do ES.
Hoje comemoramos o Dia Nacional Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A lei n°12.987/2014 é de autoria da ex-senadora mato-grossense Serys Slherssarenko.
O Dia da Mulher Negra foi inspirado no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, criado em julho de 1992.
O dia da mulher negra é comemorado desde o início do século XXI e tem como referência a líder quilombola Tereza de Benguela que liderou uma resistência num quilombo localizado no Estado do Mato Grosso, formado por povos negros e indígenas.
Sob a liderança de Tereza, o quilombo resistiu à escravidão por vinte anos e abrigou mais de 100 pessoas. Tereza mantinha a estrutura política, econômica e administrativa.
A Rainha negra do Pantanal, como Tereza é conhecida, hoje é o pilar do engajamento das mulheres negras periféricas, das que fazem parte do poder público e de toda a sociedade civil. Elas buscam mais espaço nas decisões políticas, nas demandas que envolvem oportunidades e na qualidade de vida da mulher negra no Brasil.
- Mais visibilidade social
- Educação antirracista
- Fim da violência obstétrica
- Combate a violência institucional
- Entre outras pautas que causam angústia e tristeza nas mulheres negras.
A data de hoje tem um significado muito importante por que não é apenas de comemoração, mas um marco de luta por representatividade.
O JULHO DAS PRETAS reforça a necessidade de mais políticas públicas voltadas para a saúde, a educação e combate ao feminicídio sobre a mulher negra. Somos mais de 60 % dos assassinatos sobre as mulheres no Espírito Santo. Que nosso 25 de Julho seja sempre lembrado por mais direitos e menos desigualdade social sobre a Mulher Negra e seus descendentes. A luta é de todas nós e seguimos resistindo a todas as violências.
Fonte: Vila Velha em Dia