Drogas: uma questão para a psicanálise
“Nunca é tarde demais para desistir e o trabalho em equipe é fundamental para o êxito no tratamento de dependentes e para prevenção”.
Não é exclusividade da pós-modernidade o consumo de exagerado de drogas. O uso de substâncias psicoativas é datado desde os primórdios da humanidade para diversos fins, inclusive para alterar a consciência na tentativa de alcançar um estado de êxtase sagrado.
Sabemos que o uso e o abuso não foram inaugurados na modernidade e nem na contemporaneidade, entretanto, assistimos ao vivo o crescimento em grande escala daqueles que sucumbem ao vício de tais substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas.
Muitas disciplinas (medicina, sociologia, filosofia, psicologia…) têm empenhado esforços para acompanhar este fenômeno. Desde a prevenção, tratamento, reinserção social e repressão ao tráfico. Mas, será que os métodos atuais são suficientes?
Nesse sentido, a psicanálise vai além das implicações comportamentais e sociais. Ela busca entender e também acolher o sujeito toxicômano e oferecer outras possibilidades, mais expansivas, mais humanas.
Desde Freud até os psicanalistas contemporâneos, o uso de substâncias químicas que alteram a percepção do indivíduo nunca foi novidade, entretanto, a reflexão acerca disso está longe de se esgotar. Por isso, a troca de conhecimentos teóricos entre os vários saberes traz elementos indispensáveis para a clínica psicanalítica.
Nunca é tarde demais para desistir e o trabalho em equipe é fundamental para o êxito no tratamento de dependentes e para prevenção. Contudo, antes, temos que capacitar a sociedade que, infelizmente, não quer abrir os olhos para uma questão tão importante e que está na nossa frente e, possivelmente, dentro de casa.
Fonte: www.formacaofreudiana.com