Economia do Mar: Estado busca referência da Noruega
O conhecimento norueguês com a exitosa relação econômico ambiental com os oceanos poderá servir de base para o Espírito Santo avançar na construção de políticas públicas direcionadas ao litoral capixaba, abrangendo de forma harmônica os pilares ambiental, econômico e social.
Vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, e a cônsul-geral da Noruega no Brasil, Marianne Fosland, confirmaram a formação de um Grupo de Trabalho.
“A Noruega tradicionalmente tem um dos melhores IDHs do mundo, com uma qualidade de vida desejável por muitas nações. A relação do país com a pesca, o turismo, o petróleo, o gás e a energia limpa, por exemplo, são diferenciais que poderemos aproveitar para consolidar políticas públicas, observando e agregando conceitos que respeitem, estimulem e valorizem os diversos segmentos existentes e os que estão surgindo no nosso litoral. A Noruega é uma grande potência e podemos unir práticas para sermos um Estado cada vez mais competitivo, desenvolvendo a economia do mar”, destaca Ferraço.
“Nosso desejo é atrair novos negócios e indústrias e que a economia do mar seja capaz de duplicar de tamanho até 2040 em nosso país. Estou segura de que a gente pode colaborar. Há sinergia de objetivos e ideias. Podemos contribuir com conhecimento, governança e tecnologia. Já temos relação com o Brasil e com o Espírito Santo. Somos investidores do Fundo Amazônia e empresas norueguesas geram cerca de mil postos de trabalho no território capixaba. Vamos aproximar trabalho aos esforços retratados aqui hoje”, ressalta Marianne Fosland.
Presente na reunião, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, lembra que a integração entre os países é fundamental. “A Noruega é um exemplo com ótimas práticas e um dos países com os melhores índices do mundo. Está no topo das nações mais sustentáveis. Queremos tornar o Espírito Santo referência no assunto. Na Seama, estamos trabalhando muito para estimular o desenvolvimento sustentável. Esse intercâmbio de ideias é muito positivo”, afirma.
Outra convergência entre a Noruega e o Espírito Santo é a existência de fundos soberanos, com os respectivos governos alocando recursos financeiros oriundos da exploração de recursos finitos, como petróleo e gás natural, beneficiando as gerações atuais e futuras. O da Noruega é o maior do mundo e o do Espírito Santo foi criado em 2019.
Grupo de Trabalho
A estimativa é de que o Grupo de Trabalho conte com a participação de representantes do Governo do Estado, Instituo Federal do Espírito Santo (Ifes), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Os assuntos em pauta serão economia do mar, envolvendo turismo, sustentabilidade, geração de emprego e renda, qualificação profissional. A primeira atividade programada será um seminário para a apresentação e conhecimento da experiência da Noruega.
“Há o Projeto Ifes Foz do Rio Doce. Temos muito trabalho a ser feito. As boas práticas que são referência noutras partes do Brasil e do mundo podem contribuir para superarmos com maior eficiência etapas a cumprir”, pontua o subsecretário de Estado de Integração e Desenvolvimento Regional, Luiz Paulo Vellozo Lucas.