Especialista em odontologia alerta sobre os cuidados com o câncer de boca
Dra. Caroline Bittencourt é Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Espírito Santo
O câncer de boca pode se manifestar sob a forma de feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam. Caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa aparente, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio são os principais sinais da doença.
Os fatores de risco mais comuns que levam ao surgimento do câncer bucal são:
- Fumo: fumantes representam 80% dos casos de câncer de boca e o risco é proporcional à quantidade de fumo consumida. A chance de essas pessoas desenvolverem câncer de boca é de seis a 16 vezes maior que entre as não fumantes.
- Álcool: o consumo de bebidas alcoólicas é um fator de risco importante, principalmente, entre os chamados bebedores pesados, que bebem mais de 21 doses de álcool por semana. O risco é seis vezes maior para quem consome bebida alcoólica. Além disso, o álcool potencializa a ação do tabaco.
- Idade: o risco de câncer bucal aumenta com a idade.
- Sexo: dois terços dos pacientes são homens.
- Sexo oral e HPV: a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) pode causar câncer de boca. Por isso, é importante usar preservativo durante a prática.
- Irritações da mucosa bucal: dentaduras, pontes e coroas precisam ser avaliadas periodicamente pelo dentista; as dentaduras devem ser removidas e limpas todas as noites.
- Imunossupressão: pessoas que tomam drogas imunossupressoras, para evitar a rejeição de um transplante, por exemplo, também podem ter risco aumentado para câncer de boca.
- Exposição ao sol: grande parte dos pacientes com câncer de lábio são profissionais que trabalham ao ar livre, expostos à radiação ultravioleta do sol. Protetor labial com filtro solar ajuda na prevenção.
- Alimentação: dietas pobres em frutas, legumes e verduras também estão associadas a maior risco de câncer de boca.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para 2022 é de 11.180 casos em homens e de 4.010 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 11,87 casos novos a cada 100 mil homens e 2.04 para cada 100 mil mulheres.
O câncer bucal deve ser prevenido através da diminuição dos fatores de risco. O diagnóstico precoce também ajuda muito no tratamento da doença e normalmente acontece na cadeira do cirurgião-dentista. Esse profissional é capaz de detectar sinais como placas esbranquiçadas, lesões avermelhadas e feridas. Quando essas lesões não cicatrizam em menos de 14 dias, uma investigação com um especialista da área é necessária.
Sobre a autora
Dra. Caroline Bittencourt é Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Espírito Santo. Especialista em Ortodontia pela PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e em Dentística Restauradora com ênfase em Odontologia Estética pela SLM (São Leopoldo Mandic). Cursou sua graduação em Odontologia pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).
Apaixonada pela Odontologia, busca sempre capacitações e atualizações para um atendimento humanizado e de qualidade. Atualmente é Top Doctor Invisalign, estando entre as dentistas que mais tratam com alinhadores ortodônticos no estado do ES.
Suas mais recentes formações são:
• Excelência em Ortodontia pela DentalPress em Maringá/PR
• Capacitação em Toxina Botulínica e Preenchedores Faciais
• Residência em Harmonização Facial
• Capacitação em Odontologia do Sono
Especialidades que ela trabalha no consultório:
Clínica Geral, Odontopediatria, Ortodontia, Periodontia, Prótese (Reabilitação Oral), Implantodontia, Cirurgia Bucomaxilofacial, Disfunção Temporomadibular, Harmonização Facial, Facetas e Lentes, Clareamento Dental, Odontologia do Sono e Tratamento de Canal.